Registro de mortes naturais cai 18% no mês de julho deste ano em Tatuí

Números se referem às causas de falecimentos em comparação a 2021

Da reportagem

O número de mortes por causas naturais apresentou queda de 18,80% em julho deste ano em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando a pandemia de Covid-19 ainda se encontrava com índices mais altos de contaminação. O número atual segue igual ao de julho de 2020, pouco após o surgimento da doença.

Os dados são apontados por levantamento divulgado no Portal da Transparência do Registro Civil, órgão administrado pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos registrados de Pessoas Naturais).

Estatísticas do portal indicam 95 óbitos em julho deste ano, enquanto, no sétimo mês de 2021, 117 pessoas perderam a vida por causas naturais. Já em julho de 2020, 95 óbitos foram registrados.

Desde o início da pandemia, a plataforma do Registro Civil passou a informar dados de óbitos por Covid-19 (suspeitos ou confirmados) e, ao longo dos meses, novos módulos foram incorporados, abrangendo mortes por doenças respiratórias e cardíacas, com filtros por estado e município.

As mortes por causas naturais são resultado de doença ou mau funcionamento interno dos órgãos, e, nesta classificação, estão os óbitos por Covid-19, a SRAG (síndrome respiratória aguda grave), pneumonia, insuficiência respiratória e septicemia (choque séptico).

Sobre o impacto da Covid-19 no total de registros, os dados apontam que, entre suspeitas e confirmações, os cartórios emitiram oito certidões de óbito em julho. Sem as mortes pela doença, o sétimo mês do ano teria 91 mortes.

Além dos falecimentos por suspeita ou confirmação de Covid-19, 13 foram por pneumonia – em aumento de 62,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas oito declarações por esta causa.

Mortes por septicemia apareceram em dez certidões de óbito, cinco a mais que em 2021, quando cinco casos foram registrados. Já a insuficiência respiratória levou quatro pessoas à morte, número igual ao do mesmo período do ano passado.

Em julho deste ano, uma pessoa teve o registro de morte como “causa indeterminada” – neste caso, quando é ligada a doenças respiratórias, mas não conclusiva.

Não houve registro de morte por SRAG em julho de 2022. Óbitos relacionados às causas respiratórias representam 58 registros no sétimo mês de 2021, contra 35 em 2022, em redução de mais de 39,65%.

Entre as causas cardiovasculares, o levantamento apontava aumento de 14,28% nas mortes por AVC, passando de sete, em julho de 2021, para oito, no mesmo mês de 2022.

Houve redução de 87,5% nos casos de mortes por infarto, passando de oito para uma. Os óbitos por causas vasculares inespecíficas tiveram aumento de 11,11%, passando de nove para dez. Já os falecimentos relacionados a outros tipos de doenças aumentaram de 34, em julho de 2021, para 40, no mesmo período desde ano, com aumento de 17,64%.

O Portal da Transparência é atualizado diariamente por todos os cartórios do país, obedecendo a prazos legais. A família tem até 24 horas após o falecimento para registrar o óbito em cartório, o qual, por sua vez, tem até cinco dias para efetuar o registro e, depois, até oito para enviar o ato à Central Nacional de Informações do Registro Civil, que atualiza a plataforma.

As estatísticas se baseiam nas declarações (documentos preenchidos pelos médicos com os falecimentos) que dão origem às certidões de óbito, registradas nos cartórios para a liberação dos sepultamentos.