Lançado em 2016, o Guia Turístico e Gastronômico “Tatuí Cidade Ternura” tem seu “relançamento” agora, junto à oitava edição da Feira do Doce, que teve abertura na quinta-feira, 7, e segue até este domingo, 10.
A retomada da publicação acontece depois de dois anos de interrupção em virtude da pandemia de Covid-19, tal como ocorreu com grande parte dos produtos e serviços relacionados a turismo.
Em simultâneo à feira, já estão sendo encaminhados lotes da publicação a pontos de interesse turístico e a órgãos municipais que atuam na área, como o Comtur (Conselho Municipal de Turismo) e a Secretaria Municipal de Esporte, Cultura, Turismo e Lazer.
Na sequência, a Empresa de Comunicação “Tatuí Cidade Ternura”, que passou a ser responsável pela publicação em 2018, levará o guia gratuitamente a todos os assinantes do jornal O Progresso como encarte na edição especial de aniversário da cidade, dia 11 de agosto.
Projetado para ser uma inovação, por apresentar, pela primeira vez, uma espécie de “inventário” de todas as informações relacionadas ao setor, o guia destaca os atrativos turísticos mais significativos, uma parte da história local, a agenda anual de eventos municipais e as principais opções de gastronomia na cidade.
Com pauta elaborada a partir de informações interessantes tanto para tatuianos quanto para turistas, os assuntos são apresentados em reportagens sucintas, cada uma acompanhada por imagens, também atualizadas.
O guia “Cidade Ternura” está dividido em capítulos. No primeiro, consta o calendário cultural e turístico do município, com informações relativas ao Carnaval de rua e nos clubes, bailes de salão, eventos religiosos e, mais recentemente, os gastronômicos.
Como o próprio nome sugere, o calendário lista as atividades culturais e gastronômicas por meses do ano. As atrações começam em fevereiro e seguem até dezembro, quando a cidade celebra o “Natal Musical”.
Na seção “história”, a publicação explica como surgiram os principais títulos tatuianos: “Terra dos Doces Caseiros”, “Capital da Música” e “Cidade Ternura” – este último, com origem em artigo publicado pelo jornalista Osmar Pimentel no jornal O Progresso, em 14 de outubro de 1934.
Igualmente importante, a figura do escritor tatuiano Paulo de Oliveira Leite Setúbal está presente na publicação. Principal expoente da literatura tatuiana, ele dá nome ao museu histórico do município e a uma das praças centrais.
Na sequência, o guia apresenta as atrações turísticas. São dezenas de páginas contendo informações diversas, entre as quais, várias novidades, como a “Caminhada da Fé”, a elevação da Igreja Matriz a basílica menor, o “Mural em Mosaico” à beira do ribeirão do Manduca, o “Portal da Cidade”, a “Rota Cervejeira” e o novo paço municipal.
Abrangendo todas as categorias de bares e restaurantes, a seção dos classificados engloba hotéis, espaços para diversão e arte e prestadores de serviços de locomoção.
De modo a privilegiar estes setores da economia local e reunir o maior número de empreendimentos, o guia manteve a dinâmica da primeira edição, pela qual a divulgação nos classificados acontece gratuitamente.
Por meio desta iniciativa, a publicação, de um lado, prestigia o comércio do município e, de outro, oferece a quem acompanha o material todas as informações possíveis e pertinentes sobre os produtos e prestadores de serviços de interesse turístico.
Ao compilar dados do turismo e da gastronomia, juntando bares, cafés, restaurantes, hotéis e espaços de diversão e arte, a publicação extrapola o caráter primário de informações básicas dos guias comuns, que mais assemelham-se a listas telefônicas com propaganda.
Na prática, além de priorizar os visitantes, o guia é pautado pelas expectativas dos próprios tatuianos, que passam a conhecer mais a cidade onde residem e a ter um grande volume de opções de serviços e produtos, especialmente na área de gastronomia.
Outro aspecto significativo é que, muito antes de a cidade alcançar o título de MIT (município de interesse turístico) do estado de São Paulo, o objetivo maior do guia já era promover o potencial da Cidade Ternura como verdadeira opção de turismo, exatamente por possuir atrativos a serem bem explorados.
A primeira edição, com esse propósito, inclusive, nasceu em um momento em que nada ainda havia de concreto acerca das verbas garantidas pelo MIT. A publicação acabou sendo concluída, assim, apenas com o apoio da iniciativa privada.
Na prática, o guia “Cidade Ternura” se somou, de fato, aos esforços da sociedade civil, de autoridades e, particularmente, da prefeitura e do Comtur para que Tatuí fosse reconhecida como MIT. Esforços que, acima de tudo, estiveram corretamente afinados com a maior virtude local: a música.
E tudo seguia muito bem – melhor que o esperado – até que… surgiu a pandemia, e muito se perdeu. A chegada desta nova edição do guia turístico, portanto, é motivo de grande satisfação, tanto por fazer parte do movimento de reaquecimento do setor – em Tatuí e no mundo – quanto por significar uma forma de renascimento mesmo.
A princípio, quando a maior parte da cidade não acreditava em seu potencial turístico e tampouco no sucesso de um evento de doces caseiros na cidade, alguns se dispuseram a “apostar” nesse caminho, investindo “tempo e dinheiro”, literalmente.
Entre outros tantos dentro dessa minoria, o jornal O Progresso de Tatuí foi um dos que se dispuseram a seguir o rumo que teve sua primeira parada de sucesso no reconhecimento de Tatuí como município de interesse turístico.
E foi justamente na partida desse trajeto que o bissemanário projetou e concluiu o primeiro guia turístico impresso da cidade, com praticamente todos os seus atrativos, além de informações úteis e uma relação completa da gama de serviços relacionados, sobretudo de hotelaria e gastronomia.
Naquele momento, por volta do ano de 2015, diante de tanta dúvida – senão de desconfiança -, não foi fácil se alcançar o título de MIT e, claro, concluir-se a primeira edição do guia.
Daí a satisfação de agora, pelo efetivo soerguer do setor, até porque muito desse trabalho anterior teve de ser recomeçado, inclusive quanto à própria crença no turismo.
Em mais este percurso, por consequência, nem tudo foi doce… com supostos parceiros da caminhada pelo fortalecimento do turismo em Tatuí reagindo de maneira indiferente, quando não amarga e, eventualmente, até azeda…
A despeito disso, o município ganha mais uma edição de seu guia de atrativos, história e gastronomia, também a lembrar que, apesar de todas as dificuldades, Tatuí segue apostando não apenas no turismo, mas em sua tradição de ainda ser, realmente, uma “Cidade Ternura”.