Da redação
O maestro tatuiano Edson Beltrami e o cururueiro Rubens Vieira de Paulo, conhecido como Rubinho Véio, foram condecorados na Alesp (Assembleia Legislativa do estado de São Paulo) no dia 29 de abril.
Eles receberam o prêmio “Inezita Barroso”, entregue a personalidades como reconhecimento ao trabalho de incentivo à música caipira de raiz e à cultura regional interiorana.
O prêmio contempla artistas vinculados às expressões e está na quinta edição. Neste ano, houve a entrega do prêmio a 20 personalidades, de 70 indicadas. Dez foram indicados por parlamentares e dez, apresentados pela sociedade civil.
Rubinho Véio esteve entre um dos 20 artistas premiados, enquanto o maestro Beltrami recebeu homenagem por todo o trabalho em prol da música e cultura caipira.
O regente não pôde comparecer à sessão solene, sendo representado pelo vereador Eduardo Sallum (PT), que falou sobre o músico e o Conservatório de Tatuí, onde Beltrami atuou como titular da Orquestra Sinfônica.
Na Alesp, Sallum falou sobre o que chamou de “desmonte do Conservatório de Tatuí”, a demissão do regente e reiterou a redução orçamentária que, segundo ele, teria diminuído 95% em uma década.
O vereador também sustentou que, se a própria Alesp não tivesse aprovado, na Lei Orçamentária, recurso extra de R$ 4 milhões à instituição em 2021, “certamente mais de 30 professores teriam sido demitidos da escola de música”.
Rubinho Véio, por sua vez, teve a oportunidade de se apresentar ao lado do parceiro Josué Domingues Pereira, na cerimônia de premiação. Ao final da sessão, Domingues ainda falou sobre “a necessidade da luta em defesa do Conservatório de Tatuí”.
A premiação “Inezita Barroso” foi criada pelo ex-deputado Marcos Martins. Leva o nome da cantora, compositora, atriz e apresentadora brasileira que faleceu em março de 2015. Formada em biblioteconomia, tornou-se pesquisadora da música caipira brasileira, gravando cem discos e ganhando mais de 200 prêmios.