RAUL VALLERINE
Algumas coisas são explicadas pela ciência, outras pela fé. Páscoa ou Pessach é mais do que uma data, é mais do que ciência, é mais que fé, páscoa é amor.
Albert Einstein
A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo e a sua vitória sobre a morte após ser condenado e morrer em uma cruz.
Essa celebração tem ligação com a Páscoa judaica, quando os judeus recordam a libertação dos hebreus liderados por Moisés da escravidão no Egito e o início da peregrinação em direção à terra prometida.
A data da Páscoa cristã é móvel e ocorre, a cada ano, no primeiro domingo após a lua cheia do equinócio da primavera.
Na Páscoa cristã, a cruz, que representava a morte mais cruel para um condenado pelo Império Romano, ganha um novo significado, ao representar a ressurreição de Jesus Cristo e sua vida eterna.
A Páscoa é a festa mais importante do calendário cristão. Nela se celebra a ressurreição de Jesus Cristo após sua morte em uma cruz. Essa festa é uma herança da tradição judaica.
A palavra “Páscoa”, inclusive, tem origem do hebraico “Pesach”, que significa passagem. Para os judeus, a Páscoa é a celebração da libertação dos hebreus, que, liderados por Moisés, atravessaram o Mar Vermelho, livrando-se dos anos de escravidão no Egito. A Páscoa Judaica celebra a passagem do povo hebreu da escravidão para a liberdade.
Os cristãos ressignificaram essa passagem, e a ressurreição de Cristo, três dias depois de sua morte, tornou-se a passagem da morte para a vida.
O túmulo vazio onde foi enterrado o corpo de Cristo após a sua crucificação, as aparições aos seus discípulos e a sua ascensão aos céus comprovariam a sua vitória sobre a morte, apesar de os sumos sacerdotes daquela época divulgarem a tese de que o sepulcro vazio de Jesus seria resultado de uma ação dos discípulos, que levaram o corpo de Cristo para que as pessoas cressem que ele teria ressuscitado.
Por causa disso, durante muito tempo, os judeus foram injustamente acusados pela morte de Jesus. No século XX, a Igreja Católica procurou reverter essa acusação e se reconciliar com os judeus.
A manhã de Páscoa trouxe-nos este anúncio antigo e sempre novo: Cristo ressuscitou! O eco deste acontecimento, que partiu de Jerusalém há vinte séculos, continua a ressoar na Igreja.
Traz viva no coração a fé vibrante de Maria, a Mãe de Jesus, a fé de Madalena e das primeiras mulheres que viram o sepulcro vazio, a fé de Pedro e dos outros Apóstolos.
Até hoje mesmo na nossa era de comunicações super tecnológicas a fé dos cristãos assenta naquele anúncio, no testemunho daquelas irmãs e daqueles irmãos que viram, primeiro, a pedra removida e o túmulo vazio e, depois, os misteriosos mensageiros que atestavam que Jesus, o Crucificado, ressuscitara.
Em seguida, o Mestre e Senhor em pessoa, vivo e palpável, apareceu a Maria de Magdala, aos dois discípulos de Emaús e, finalmente, aos onze, reunidos no Cenáculo (cf. Mc 16, 9-14).
Ao raiar do Domingo da Páscoa, os cristãos comemoram o sepulcro vazio, a ressurreição de Cristo e a certeza de que a vida venceu a morte.
Os evangelistas contam que as mulheres que seguiam Jesus foram até o sepulcro para perfumar seu corpo. Chegando ao local, elas viram que a pedra estava deslocada e que o sepulcro estava vazio.
Dois anjos as esperavam para contar sobre a ressurreição e que elas deveriam avisar os discípulos de Cristo sobre o acontecimento.
Os apóstolos Pedro e João, ao saberem da notícia, correram apressadamente até o sepulcro e confirmaram o que fora dito. Após a Páscoa, Jesus apareceu várias vezes para seus discípulos e, quarenta dias depois, subiu aos céus.
Sua ascensão foi testemunhada pelos discípulos, que, após a experiência de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu em forma de línguas de fogo sobre cada um deles, começaram a evangelizar e ensinar que Jesus Cristo morreu, mas havia ressuscitado e estava vivo entre eles. Feliz Páscoa, com Cristo, em Cristo!