Da reportagem
Neste sábado, 12, a partir das 11h, acontece apresentação do projeto “Mãe Terra”, da tatuiana Renata Ramos. Tendo como palco a Praça da Santa e finalização na Praça da Matriz, a artista promete, “por meio da arte, colocar em pauta temas relacionados ao desmatamento, destruição do meio ambiente e crise climática”.
A ação tem apoio da Secretaria de Esporte, Cultura, Turismo e Lazer, da prefeitura de Tatuí, e respeita todos os protocolos sanitários contra a Covid-19.
Inspirada pela atualidade e assuntos como aquecimento global, desmatamento e “destruição do planeta Terra”, Renata Ramos traz, por meio de cenas performáticas, a figura de uma personagem envolta por um manto verde e adereços representando uma floresta – “figurino que fala por si só”, conforme a atriz.
No decorrer da apresentação, ela também recita famoso discurso do ator Charles Chaplin no filme “O Grande Ditador”, no qual ele fala sobre a libertação do mundo.
Em “Mãe Terra”, no entanto, Renata faz um paralelo disso com as informações climáticas e sobre a importância da conscientização ambiental. Por fim, o público é presenteado com mudas de plantas de diversas espécies.
Renata é professora, atriz, diretora e pesquisadora. Formada em artes cênicas pelo Conservatório de Tatuí, onde atuou em mais de 20 espetáculos, além de ter contato com arte dramática em outros espaços e companhias.
Em 2021, fundou a “Companhia de Maria”, seu atual grupo teatral performático, que já foi contemplado no 1º Festival de Arte e Cultura de Tatuí e premiado pela Lei Ardir Blanc.
Agora, é licenciada em artes visuais, pedagogia e pós-graduada em metodologia em ensino da arte pela Uninter. Renata conta que o atual projeto surgiu a partir de uma meditação que ela pratica, chamada “Dois Corações”.
“Dentro desse processo meditativo, encontrei um modo de fazer arte e unir a arte e o ativismo ambiental”, relata. Então, com “apelo poético” sobre a crise climática, “Mãe Terra” apresenta um teatro “cotidiano” em espaço aberto.
Segundo ela, a intenção é que “tudo ocorra de forma fluida e com aspectos do ‘happening’ (movimento artístico que relaciona artes visuais e o teatro de forma imprevisível e com improvisos)”.
“O público pode esperar o contato com um tipo de arte um pouco raro em Tatuí: a performance na rua”, diz. “É um espaço aberto para diversas interpretações. Dentro dessas possibilidades, podemos refletir sobre a condição humana no planeta Terra e qual a nossa responsabilidade acerca da crise climática que passamos”, completa a atriz.