Da reportagem
O projeto cultural de valorização e incentivo ao cururu foi um dos vencedores do prêmio “Os Movimentos das Cidades”, da agência Virtù, em parceria com a organização suprapartidária Centro de Liderança Pública (CLP) e com apoio do Grupo CCR.
O projeto vencedor foi inscrito no certame por Roseli Aparecida Tureck de Moraes Colina, por indicação de Maria Augusta de Abreu Raggio Barbará, Luis Antônio Fernandes Guedes e apoio de Jaime Pinheiro.
Conforme Roseli, o projeto visa valorizar e incentivar o movimento cultural do cururu, além de levar a manifestação tradicional às novas gerações, com aulas de improviso, rimas e instrumentos.
“O projeto é um piloto e as atividades que serão realizadas para alcançarmos o incentivo e valorização desta tradição ainda estão sendo definidas. Para isso, vamos reunir o nosso grupo de trabalho, e teremos a mentoria da agência que desenvolveu o prêmio”, comentou Roseli.
A agência anunciou na terça-feira, 18, os projetos vencedores. Foram 367 inscrições de projetos sociais indicando caminhos para “superar os desafios urbanos” de dez cidades do interior de São Paulo. Cada projeto selecionado receberá R$ 10 mil, mais consultoria para desenvolver a ação.
O prêmio mobilizou moradores, ONGs e empresas das cidades de Águas da Prata, Avaré, Bragança Paulista, Barueri, Campinas, Itapeva, Louveira, Osasco, Sorocaba e Tatuí para “pensar em melhorias locais”.
A cidade de Bragança Paulista foi a que teve o maior número de inscritos: 74. Entre as iniciativas, foi selecionada a do morador Edson Meris, com o título “Roda de Rima”, que busca alcançar jovens que estão em contato com violência e drogas.
Segundo a CCR, o projeto de Meris propõe “desenvolver a reflexão social por meio da música e conscientizar sobre a importância do respeito aos direitos e deveres em sociedade”.
Em Avaré, o projeto “SoltaVoz”, podcast criado por Kaue dos Santos e Henrique Timoteo, também busca melhorar a cidade por meio da cultura.
A ideia é “reunir artistas, músicos, professores, trabalhadores, influencers, delegados e outros profissionais que possam auxiliar a população, oferecendo desde dicas para arrumar emprego, escolher escolas, ter voto consciente e, até mesmo, como salvar vidas”.
Meio ambiente também se fez presente entre os projetos selecionados. Em Águas da Prata, o Brigada do Barranco, grupo de voluntários independentes e apartidários, apresentou proposta de prevenção e combate a incêndios florestais.
O intuito do projeto, conforme divulgado pelo grupo CCR, é capacitar grupos de jovens e crianças para atuarem como parceiros multiplicadores e, eventualmente, futuros brigadistas de combate aos incêndios florestais, através de atividades preventivas, de conscientização e educação ambiental para a formação de um grupamento especial de Brigada Ambiental Mirim.
Em Osasco, o morador José Divino da Silva, “incomodado com a quantidade de lixo que o aterro sanitário da cidade recebe” (em média, 900 toneladas por dia), sugere um portal ou aplicativo que eduque e o cidadão osasquense a separar o lixo de forma consciente e ecológica.
Também com aplicativo, o projeto selecionado da cidade vizinha, Barueri, foi a sugestão do morador Handerrson Bezerra Salvador, com o dispositivo “Onde Está Meu Ônibus?”.
A ideia é levar informações em tempo real dos horários das linhas de ônibus, com apoio da empresa do setor, “dando a possibilidade de perguntas e denúncias também”.
Em Campinas, o morador Rodrigo Alves de Godoi venceu com o projeto “Reviva Campinas”, apostando na revitalização de parques, praças e mobilidade de cidade.
Em Itapeva, Josoel Borges, Edvan Proença e Silviano Antunes querem criar um projeto que capacite o cidadão que busca emprego com o “Focalização Inteligente”, que prevê cursos específicos para atender as demandas de empresas locais.
A saúde não ficou de fora: em Louveira, a moradora Larissa Vieira Scomparim venceu ao inscrever o projeto “Vacinação em Ação”, que propõe palestras para incentivar a participação da população nas campanhas de vacinação.
A proposta de Fábio Rogério de Oliveira, na cidade de Sorocaba, é de mostrar a fotografia como processo terapêutico que, além de resgatar a autoestima, ainda pode promover debates sobre temas do cotidiano, com o “Fotografia Terapêutica”.
No dia 28 de janeiro, esses projetos serão premiados em evento apresentado pelo jornalista Marcelo Tas, na sede da CCR, em São Paulo. Após a premiação, o projeto vencedor de cada cidade receberá dois meses de mentoria com especialistas para auxiliar na implementação da proposta e resultados.
Para finalizar, os projetos serão apresentados em evento na sede da CCR, em março, também por Marcelo Tas.