Raymundo Farias de Oliveira
Era noite de verão
a lua branca despontava
esplendorosa e sossegada
na fímbria do horizonte
o céu era um pálio infinito
bem azul cravado de estrelas
a nos proteger em nossa aventura
nossas mãos se abraçaram com sofreguidão
e respiramos apaixonadamente
a carruagem e seus fogosos
cavalos alados nos conduziam
com extrema delicadeza e ternura
seguindo as ordens do cocheiro
repentinamente um silêncio poético nos envolveu
era o fim da viagem!
Cinco horas da manhã
acordei chorando de emoção…