Da reportagem
As contratações do mercado de trabalho formal em Tatuí fecharam com saldo positivo pelo décimo mês consecutivo neste ano. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontam a geração de 112 novos postos em outubro.
O órgão da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, divulgou o resultado na tarde de terça-feira, 30 de novembro. Os números referentes ao mês passado devem ser divulgados até 30 de dezembro.
Conforme o cadastro, o município somou 962 admissões e 850 demissões em outubro. Apesar do saldo positivo, o resultado é menor que o do décimo mês de 2020, quando Tatuí somou 494 novas vagas formais.
No décimo mês, quatro dos cinco setores analisados pelo Caged criaram vagas. Segundo o levantamento, a estatística de outubro é liderada pelo setor de serviços, com a abertura de 109 novos postos. O saldo é resultado de 368 contratados para 259 desligados.
A atividade econômica é a maior empregadora do município, com o estoque de 9.705 funcionários formalizados, o que representa 34,96% do total de empregados em outubro. Até o décimo mês, o Caged apontava 27.759 trabalhadores com carteira assinada – variação de 0,41% em relação ao mês anterior.
Entre os subsetores, o destaque do mês foi para os serviços de transporte, armazenagem e correio. A atividade gerou 70 novos postos de trabalho formal, advindos de 119 admissões e 49 demissões.
Em seguida, também com saldo positivo, aparecem os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, com a abertura de 29 novas vagas (102 para 73); alojamento e alimentação, com 29 postos (78 para 49); e “outros serviços”, com 21vagas (30 para 9).
O setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais terminou o mês de outubro com saldo negativo de 40 vagas. A atividade registrou 39 funcionários e demitiu 79 no período.
O segundo melhor resultado do mês de outubro foi o da construção civil. A atividade econômica gerou 29 postos de trabalho formal, com 65 contratações e 36 desligamentos (variação de 4,57% em relação ao mês anterior).
O setor concentra 2,32% da mão de obra no município, com 664 trabalhadores formalizados nas áreas de obras de infraestrutura, construção de edifícios e serviços especializados para a construção.
Na análise do saldo dos subsetores, o melhor resultado é de obras e infraestrutura, com a criação de 24 vagas, advindas de 34 contratações e dez desligamentos no mês de outubro.
O subsetor de serviços especializados para a construção aparece em seguida, com saldo de sete novas vagas, advindas de 22 admissões para 15 demissões. Já o setor de construção de edifícios fechou o mês com saldo negativo de duas vagas, resultado de nove contratados para 11 demitidos.
Na terceira posição entre os setores que mais geraram vagas em outubro, está a indústria. A atividade econômica é a segunda maior empregadora da cidade e concentrou 30,3% do estoque de empregos em outubro, com 8.411 trabalhadores formalizados.
Na análise entre os subsetores, o melhor resultado é o da indústria de água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, responsável pela abertura de cinco vagas, advindas de dez contratações e cinco desligamentos.
Em seguida, aparecem a indústria de extrativas, com mais dois postos (nove admissões para sete demissões) e a indústria de transformação, com uma nova vaga (195 para 194). Na indústria de eletricidade e gás, não houve alterações.
Completa a lista de atividades com saldo positivo no décimo mês o setor de comércio. A atividade econômica gerou um novo posto, advindo de 312 admissões para 311 demissões – saldo 0,01% maior em relação ao mês anterior.
O setor comercial é o terceiro maior empregador do município, com o estoque de 7.485 funcionários formalizados, o que representa 26,96% do total de empregados até outubro.
Entre os subsetores do comércio, o único a fechar o mês com saldo positivo é o de reparação de veículos automotores e motocicletas, responsável pela abertura de nove vagas. O saldo é advindo de 30 contratações para 21 demissões.
Em seguida, vem o comércio varejista, com saldo negativo de uma vaga (229 admissões para 230 desligame1ntos); e o comércio por atacado, com a perda de sete vagas – resultado de 53 contratações para 60 demissões.
O único dos cinco setores analisados pelo órgão federal a fechar o décimo mês com saldo negativo é a atividade agropecuária. Conforme o Caged, o setor contratou três novos funcionários, mas demitiu 38, resultando em variação de menos 2,29% na comparação com o mês anterior.
A atividade econômica, que abrange agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, é a quarta maior contratadora do município, e, segundo o cadastro, concentrou 5,38% do estoque de empregos contabilizados até o décimo mês do ano, com 1.494 funcionários.
Acumulado
As contratações de outubro contribuíram para manter o saldo positivo na soma dos primeiros dez meses do ano. Entre janeiro e outubro, Tatuí gerou 1.498 novas vagas de emprego – advindas de 9.425 contratações para 7.927 demissões.
Na soma dos dez meses de 2021, os cinco setores analisados pelo Caged geraram novos postos de empregos. A estatística é liderada pela indústria, com saldo de 597 novas vagas (2.529 admissões e 1.932 desligamentos).
O segundo setor com maior saldo na geração de emprego nos dez meses é o de serviços. A atividade econômica abriu 556 novos postos, advindos de 3.238 contratações para 2.682 desligamentos.
Em terceiro lugar, vem o setor de comércio, com saldo positivo de 177 postos de trabalho formal. O resultado vem de 3.004 admissões para 2.827 demissões.
Em seguida, aparece o setor da construção civil. Nos primeiros dez meses, a atividade econômica foi responsável pela geração de 112 novas vagas, advindas de 473 admissões e 361 desligamentos.
Por último na lista dos setores que mais empregaram no ano, aparece a agropecuária. A atividade econômica foi responsável pela geração de 56 novas vagas, advindas de 181 admissões e 125 desligamentos.
Saldo nacional
O saldo de Tatuí segue tendência nacional. Conforme o balanço do órgão do Ministério da Economia, o Brasil fechou os primeiros dez meses de 2021 com saldo positivo de 2.645.974 empregos formais.
O saldo nacional é resultado de 17.209.495 admissões e 14.563.521 desligamentos. Com isso, o estoque de empregos formais no país chegou a 41.205.069, o que representa variação de 6,86% em relação ao estoque contabilizado até o mês anterior.
Os números mostram que, na totalização dos dez meses, todos os grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo, com destaque para o setor de serviços, com a geração de 1.145.498 novos postos.
Somente em outubro (resultado mais recente divulgado pelo órgão), o país gerou 253.083 novos postos, advindos de 1.760.739 contrações e 1.507.656 desligamentos.