Era a estreia do Brasil no Mundial de 1954 na Suíça. A torcida via a seleção com grande desconfiança. Afinal, havíamos perdido a Copa quatro anos antes em pleno Maracanã.
Muitas mudanças foram feitas, a começar pelo treinador. Agora, era Zezé Moreira que partiu para a renovação, trazendo novos jogadores. Além disso, o uniforme que ficaria tradicional, camisas amarelas e calções azuis fora oficializado. Daí surgiu o apelido “Seleção Canarinho”.
Zezé Moreira foi muito coerente na convocação, fazendo uso de jogadores que, naquele momento, eram os melhores em atividade. Como exemplo, chamou quatro jogadores da Portuguesa de Desportos: Julinho, Djalma Santos, Brandãozinho e Pinga.
A Lusa era o ótimo time no começo daquela década, campeã do torneio Rio-São Paulo de 1953. Era uma espécie de campeonato brasileiro da época.
Baltazar o grande artilheiro do Corinthians. Teve sua chance, assim como Castilho, Pinheiro e Didi – todos, do Fluminense. Começou o campeonato mundial com uma vitoria frente o México por 5 a 0. Esbarrou na forte Iugoslávia e saiu num empate (1 a 1).
Aí, a sensação entrou no caminho do Brasil. A surpreendente Hungria, de Puskas, e companhia. E não teve jeito. Com um futebol rápido e envolvente e de grande velocidade, marcação que priorizava a diminuição dos espaços, a equipe brasileira perdeu, 4 a 2 e dava adeus à Suíça.
Iríamos nos redimir quatro anos depois, com a conquista inédita da Suécia. Em pé: Djalma Santos, Brandãozinho, Castilho, Nilton Santos, Pinheiro e Bauer. Agachados: Mario Américo, Julinho, Didi, Baltazar, Pinga e Rodrigues.
Grandes recordações, histórias do futebol.
NOTA: As fotos são do arquivo pessoal do autor, que data de 50 anos. Ele, como colecionador e historiador do futebol, mantém um acervo não somente de fotos, mas de figurinhas, álbuns, revistas, recortes e dados importantes e registros inéditos e curiosos do futebol, sem nenhuma relação como os sites que proliferam sobre o assunto na rede de computadores da atualidade