Neste final de semana, quando é publicado o quarto bloco de entrevistas com os candidatos a prefeito de Tatuí, os leitores notarão que o ex-prefeito Luiz Gonzaga Vieira de Camargo deixa de figurar a sabatina – naturalmente, devido ao fato de ter deixado a disputa eleitoral.
Ocupando o lugar de Gonzaga na campanha ao Executivo, assumiu Maria José, esposa do ex-prefeito, concorrendo pelo PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira).
No entanto, Maria José não aparece neste bloco de entrevistas, o que impõe explicação aos leitores, até porque, a agora candidata já falou à reportagem do jornal, vindo, inclusive, a ter o lançamento de sua campanha em manchete na primeira página de O Progresso na edição desta quarta-feira, 14.
Ocorre que, como amplamente divulgado pelo jornal, a série de entrevistas com os candidatos a prefeito foi efetivada em uma única oportunidade, quando aconteceram as gravações das respostas a 19 questões apresentadas pela reportagem, mais as considerações finais de cada um.
A partir disso, as entrevistas estão sendo publicadas em um total de cinco blocos, sempre aos finais de semana e apresentando as respostas dos candidatos a quatro questões por edição. Assim, três blocos já foram concluídos – tendo as gravações em vídeo também disponibilizadas aos (e) leitores, por meio do “Youtube”.
Esse encontro com os quatro políticos aconteceu no final de agosto, quando ainda não se cogitava alteração na disputa. Contudo, outro detalhe acaba sendo determinante, no momento, pela opção de se programar a participação de Maria José somente para a próxima semana, excetuando-se esta.
O motivo para esse cuidado é o fato de que, com o propósito de facilitar a comparação entre as propostas dos candidatos – tal como quanto a eles próprios -, o jornal sempre optou por apresentar questões comuns a todos, ou seja, as mesmas perguntas.
Essa dinâmica só se modifica no último bloco, em que assuntos específicos são apresentados a cada um dos candidatos e, também, no qual eles encerram a sabatina com suas considerações finais.
Obviamente, se a candidata do PSDB viesse a responder as questões deste quarto bloco, ela estaria sendo posta – ainda que involuntariamente – em situação de desigualdade com relação aos demais políticos, vez que, diferentemente dos demais, já saberia as perguntas, por estas terem sido anteriormente apresentadas e respondidas pelo ex-prefeito, no final de agosto.
Esse fato poderia, por sua vez, gerar questionamentos de “justiça”, tanto morais – pelo tratamento diferenciado – repetindo: ainda que sem intenção por parte da candidata e do próprio jornal -, quanto da “Justiça” mesmo, a Eleitoral, que poderia ser procurada para eventual reclamação por parte dos demais políticos na corrida à Prefeitura.
Por esses motivos, o jornal O Progresso optou por apresentar estas considerações aos leitores e convidar a candidata a participar do último bloco das entrevistas, encerrando-as na edição do próximo dia 25.
A série de entrevistas com os candidatos a prefeito de Tatuí promovida pelo jornal teve a primeira publicação em agosto de 1992, quando foi destaque no tabloide “Stopim”, encartado em O Progresso.
Naquele ano, curiosamente, entre os candidatos, estava Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, que não venceu o pleito, mas que, posteriormente, em 1998 e 2002, conquistou vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo e, em 2004, foi eleito prefeito de Tatuí e, em 2008, reeleito.
Disputando com Gonzaga, então em coligação com PTR, PRN, PDS, PTB, PSDB e PDC naquela eleição de 1992, estiveram José Rubens do Amaral Lincoln, pelo PT, e Joaquim Amado Quevedo, do PMDB, que acabou eleito.