A Convivência!





Limpe suas lentes quando tudo estiver turvo e distorcido, se possível as troque. Mude sua perspectiva quando não for mais capaz de perceber a beleza que existe ao seu redor. E procure ser feliz acima de tudo!

A Convivência!

Não somos perfeitos, porém às vezes vivemos como se fôssemos. Não somos aceitos pelos outros, às vezes, porém vivemos como se tivéssemos que ser.

Aí residem nossas angústias. Muitas vezes queremos que tudo na nossa vida esteja bem, queremos que todas as pessoas gostem de nós, mas esquecemos que as pessoas são diferentes, tem formações diferentes, estilos, gostos, problemas, funções e disfunções que muitos de nós desconhecemos. O ser humano é, na verdade, um corpo habitado por um mundo de gente.

Outro dia, um amigo sofria muito porque percebeu que um colega o detestava.

Ele entrou em crise e passou a viver este pesadelo em sua cabeça. Refletia a todo o momento qual era o motivo que o outro não gostava dele, sendo que era uma pessoa tão querida por todos.

Nunca teve, na vida, alguém que ele não se relacionasse bem. Então, por isso sofria. Ele tentou conversar, aproximar, para descobrir o que ele tinha feito ao outro.

Ele mesmo estava disposto a fazer qualquer coisa para acabar com aquela indisposição. Pediria perdão, seja o que fosse.

Porém, isto não foi o suficiente. Quanto mais ele aproximava, mais maltratado ele era. Sentava-se para conversar, o colega levantava e saia na maior grosseria.

Neste momento, a revolta começou a lhe tomar o espírito. O sentimento passou a ser de revanche.

Um dia, ele foi muito maltratado e resolveu revidar na mesma moeda. Quando já se preparava para agir, ele parou e pensou: – Mas o que mesmo eu estou fazendo comigo? Ele é grosseiro de natureza, eu não.

Se eu agir como ele, ele está definindo minhas atitudes. Quem controla minha atitude sou eu, eu sou educado de natureza.

Não vou deixar ele ditar minha conduta. E ele o respondeu com um tratamento zeloso e respeitoso.

Estes pensamentos passaram como um raio na mente de meu amigo, porém, com tal profundidade, ele descobriu a grande arte de conviver com pessoas.

Não são elas que ditam nossos comportamentos, somos nós, se o quisermos. Se eu reajo como o outro quer, ele está definindo meu comportamento.

Se alguém me trata mal e eu faço o mesmo, foi o outro que me dominou e definiu meu comportamento.

Ora, nunca acabamos com o tratar mal se tratarmos mal, se não pelo tratar bem. Quando você reage tratando bem, você neste momento está dizendo muitas coisas ao outro.

Coisas como: – Quem manda em mim sou eu, quero lhe mostrar uma forma melhor de tratar os outros, aprenda comigo, sua grosseria vai morrer em você.

Os motivos que levam uma pessoa tratar mal gratuitamente o outro são tão numerosos que seria impossível citá-los, no entanto, ciúmes, invejas, experiências passadas, desordem psicológica, medo, entre outros são muito comuns.

Quando alguém aparecer em sua vida lhe tratando mal gratuitamente, lembre-se: – Esta pessoa está te ajudando a ter domínio sobre você mesmo. Ora, então temos que agradecê-la! Podemos agradecê-la tratando-a bem! O mal nunca termina pelo mal, mas pelo bem.