A Força de uma Nação!





Brava gente brasileira, longe vá temor servil, ou ficar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil, ou ficar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil!

A Força de uma Nação!

A Independência do Brasil é um dos momentos mais importantes da vida social e política brasileira, e a partir dela podemos hoje nos considerar país e nação, exercendo nossa soberania.

Contudo, só é possível darmos linhas, cor e formas a uma estrutura social, legitimamente nacional conhecendo um importante período de nossa História, a emancipação econômica e política, iniciada com a Abertura dos Portos em 1808 e consolidada por D. Pedro I em 1822.

Para compreender a importância da Independência brasileira, cabe salientar a presença importante da Maçonaria, que teve participação nos processos emancipatórios dos países americanos, ocorridos entre os séculos XVIII e XIX.

Podemos citar vários países que tiveram inegável contribuição maçônica, como o caso dos Estados Unidos da América, em 1776, com o Maçom: George Washington; Venezuela pelo Maçom Francisco Miranda, em 1810 (A Independência da Venezuela só ter sido reconhecida em 1845); Cuba, em 1868, pelo Maçom José Martí. Simon Bolívar, o libertador das Américas, que contribuiu para a independência na Venezuela, assim como José de San Martin, na libertação da Argentina e do Peru.

No Brasil, apesar da Independência ter sido decretada por D. Pedro de Alcântara, Príncipe Regente, houve grande contribuição desta organização, através do glorioso Joaquim Gonçalves Ledo, José Bonifácio, José Clemente Pereira, Cipriano Barata, Hipólito José da Costa, Januário Jose da Cunha, Frei Caneca, entre outros. Salientando que o próprio D. Pedro I foi iniciado na Maçonaria, chegando a ser o segundo Grão-Mestre Geral.

O movimento maçônico brasileiro teve início na Europa, para onde viajava a elite nascida no Brasil, a fim de estudar e obter conhecimentos acadêmicos, entrando desta forma em contato com a Maçonaria e com seus ideais.

Ao voltar para o Brasil como maçons e, muitos deles, sob forte influência do Iluminismo e dos ideais que nortearam a Revolução Francesa, ainda bem viva no continente Europeu, desejavam a emancipação política do Brasil.

Podemos entender a relação da História do Brasil com a Maçonaria, sendo necessário citar alguns momentos anteriores à Independência, importantes para compreensão de todo o processo, tais como a Inconfidência Mineira em 1789, a Conjuração Baiana e a fundação da primeira Loja Maçônica, em 1801, no Rio de Janeiro.

Mais à frente, será possível identificar dois pontos fundamentais para a Independência do Brasil, o primeiro é a econômica, com a vinda da família real em 1808, sob ameaça de invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão, forçando a transferência para o Brasil de toda a Corte e de sua estrutura político-administrativa e, consequentemente, a abertura dos portos por pressão da Inglaterra.

Até aquele momento, não houve participação efetiva da Maçonaria, seu papel neste momento era de conspiração pela Independência, agindo de forma secreta e discreta.

Com a permanência do Príncipe Regente, não acatando ordem de retornar à Portugal, a Maçonaria já estava regularizada no Brasil, e já havia o Grande Oriente do Brasil. Um dos requisitos para os iniciados na Ordem era que no momento da iniciação também se jurasse lutar pela Independência do Brasil.

A Maçonaria forçou a Proclamação da Independência, inclusive com a iniciação na Ordem do príncipe Pedro de Alcântara, meses antes da proclamação.

Ao mesmo tempo revelou-se a contínua atuação política da Maçonaria, que viria a ser constatada, por exemplo, anos mais tarde na questão da Abolição da escravatura, da proclamação da república, e no processo de redemocratização.