Depois de mostrar categoria no futebol paranaense (Coritiba), o goleiro Raul chegou ao tricolor paulista em 1965. Como era comum, disputou jogos pelo aspirante ao lado dos também iniciantes Carbone (ex-Inter, Grêmio e Botafogo e seleção brasileira, e depois treinador), Pescuma, Sérgio Lopes, Alan, Penachio e outros bons valores.
No time principal, suas chances foram diminutas. Afinal, o gaúcho Suli dominava com categoria a posição. E ainda tinha o prata da casa, Gilberto, que vez ou outra entrava na equipe.
Na época, no Cruzeiro de Minas Gerais, um goleiro chamava a atenção. Era Fábio, de boa colocação e seguro. Aportou no Morumbi no começo de 1966 e na negociação, Raul, o menino paranaense foi jogar no clube mineiro, onde logo se tornou ídolo.
Com sua vistosa camisa amarela, ganhou títulos também no Flamengo, onde já era, então, Raul Plasmann.
Fábio teve um bom começo no São Paulo. Foi até convocado para os treinamentos visando a Copa de 1966, na Inglaterra. Ele e mais quatro goleiros: Valdir, do Palmeiras, Ubirajara, do Bangu, Gilmar, do Santos F. C., e Manga, do Botafogo. Recordando que somente os dois últimos foram, de fato, para o mundial da Inglaterra.
Depois, Fábio perdeu espaço com a chegada de Picasso, em 1967, que vinha do Juventus. Acabou retornando a Minas Gerais para ser goleiro do Atlético.
A foto registra o tricolor do treinador Aimoré Moreira, num domingo de frio (veja as mangas longas). Exatamente, em 31 de julho de 1966, no estádio do Morumbi, pelo campeonato paulista no jogo São Paulo 4 (3 de Babá e 1 de Prado) a 2 Noroeste (gols de Zé Carlos e Rubens).
Podemos ver, em pé: Oswaldo Cunha, Nenê, Bellini, Advaldo, Tenente e Fábio. Agachados: Ferreti, Prado, Babá, Benê e Fefeu. Uniforme limpo sem as famigeradas propagandas, valorizando a camisa número dois do clube de tantas glórias e conquistas. São histórias inesquecíveis e curiosas do futebol.
NOTA: As fotos são do arquivo pessoal do autor, que data de 50 anos. Ele, como colecionador e historiador do futebol, mantém um acervo não somente de fotos, mas de figurinhas, álbuns, revistas, recortes e dados importantes e registros inéditos e curiosos do futebol, sem nenhuma relação como os sites que proliferam sobre o assunto na rede de computadores da atualidade