Da reportagem
Dois dos temas abordados na sessão ordinária a Câmara Municipal desta semana, segunda-feira, 24, foram o tempo de atendimento à população na UPA (unidade de pronto atendimento) e o retorno das aulas presenciais da rede municipal de ensino, ocorrido durante este mês.
O requerimento 1.603/21, assinado por Micheli Cristina Tosta Gibin Vaz (PP) e Paulo Sérgio de Almeida Martins (PRTB), questiona quais ações têm sido tomadas pelo Poder Executivo para impedir a demora no atendimento médico na UPA.
A vereadora afirmou ter recebido relatos de pacientes que teriam chegado na unidade de saúde por volta das 11h, sendo atendidos somente às 19h. “Precisamos de ações concretas e que tragam soluções para o povo”, declarou Micheli.
Posteriormente, o parlamentar Cláudio dos Santos (PSL) reforçou a necessidade de melhora no local, mas sinalizou que “a população também tem culpa no atraso dos atendimentos”. “O local é para urgência e emergência”, destacou.
Ele disse ter comparecido recentemente à UPA para conversar com moradores sobre a demora no atendimento. Santos expôs ter dialogado com um munícipe que teria afirmado estar há um mês com dor na coluna e havia comparecido na unidade, naquele dia, para atendimento médico.
Conforme Santos, o morador poderia ter ido a uma das UBSs (unidades básicas de saúde), localizadas em diversos bairros, durante esse um mês sentindo dor.
“Mas ele estava lá, atrasando quem necessitava de atendimento urgente ou emergencial. A população tem de ter um pouco mais de consciência”, completou.
Líder da prefeita no Legislativo, Márcio Antônio de Camargo (PSDB) respondeu entender que, administrativamente, a UPA está “deixando a desejar”, mas garantiu que “o poder público está tomando as medidas cabíveis para melhorar o tempo de atendimento”.
Retorno das aula nas escolas
O retorno das aulas presenciais estive em quatro requerimentos apresentados por Eduardo Dade Sallum (PT). As matérias perguntam sobre o fornecimento e uso de EPIs (equipamentos de proteção individual), máscaras de proteção, álcool em gel e aferição de temperatura dos estudantes, além de cobra fiscalizações nas escolas.
O vereador também questiona quantas doses de vacina contra a Covid-19 foram aplicadas e a porcentagem dos servidores da Secretaria Municipal de Educação já imunizados.
Em abril, a quando a prefeitura promoveu a vacinação dessa classe, era esperada a imunização de 484 profissionais da rede municipal e 448 da rede estadual e privada.
Sallum ainda fez críticas ao termo de responsabilidade a ser assinado pelos pais que levam os filhos às aulas presenciais, reforçando ainda não ser o momento ideal para o retorno.
“Ninguém está mandando a prefeitura abrir salas de aula no momento, e as UTIs (unidades de terapia intensiva) e leitos clínicos estão lotados em Tatuí”, reforçou o parlamentar.
Ainda relacionado à rede municipal de ensino, 14 vereadores assinaram, em conjunto, o requerimento 1.639/21. O documento questiona a prefeitura sobre a possibilidade de o serviço de enfermagem ser oferecido nas escolas municipais.
Conforme a matéria, “a educação é a base do desenvolvimento social de toda uma comunidade”. O requerimento ainda ressalta haver mais de 14 mil crianças e adolescentes matriculados nas unidades escolares.
“Diante disso, são naturais as ocorrências de situações em que há a necessidade da intervenção célere de profissionais da saúde”, completa o requerimento.
“Será mais uma forma de manter a prevenção e os cuidados de crianças e funcionários, pois o olhar dos profissionais de enfermagem pode reconhecer sintomas de doenças de uma forma mais rápida, além de poder atuar nos primeiros socorros em eventuais necessidades”, complementou o vereador Maurício Couto (PSDB).
Durante a sessão ordinária, os parlamentares apreciaram, debateram e aprovaram todas as 164 matérias protocoladas na pauta, sendo 23 indicações, 103 requerimentos e 38 moções de aplausos e congratulações. Na sessão extraordinária, foram discutidos quatro projetos de lei e uma série de requerimentos.