Emprego abre 459 postos no 1º trimestre

Saldo de contratações em 3 meses é o melhor para o município nos últimos 11 anos

PAT recebe currículos e cede espaço para processo de seleção das empresas (foto: divulgação PAT)
Da reportagem

As contratações no mercado de trabalho formal terminaram com saldo positivo no primeiro trimestre de 2021. Entre janeiro e março, Tatuí abriu 459 novas vagas de emprego – advindas de 2.826 contratações para 2.367 demissões.

Os dados estão no levantamento mais recente do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), com informações até março deste ano. Nos três meses, o cadastro contabilizou 27.194 trabalhadores com carteira assinada no município.

Ainda conforme o levantamento do órgão da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, o saldo do primeiro trimestre deste ano foi o melhor para o período desde 2010, quando a cidade criou 699 novas vagas.

De acordo com o diretor do trabalho e desenvolvimento econômico, Gustavo Grando, o resultado positivo já era esperado pelo departamento, “que tem trabalhado em busca de novas vagas e de cada vez mais parcerias com as empresas da cidade”, disse ele.

Ele salienta ter como “desafio os efeitos da pandemia do novo coronavírus, assim como todo o mundo”, mas comemora o resultado positivo obtido nos três primeiros meses do ano, com saldos que superam os obtidos durante a última década.

“Estamos muito felizes com o resultado, ainda mais por estarmos em meio a uma pandemia. São números muito bons e, com isso, as nossas expectativas são de novos saldos positivos nos próximos meses”, declarou o diretor.

Grando ainda acrescentou que o PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) continua com vagas em aberto e recebe currículos diariamente para encaminhá-los aos contratantes, além de ceder espaço às empresas para o processo de seleção de novos candidatos.

No primeiro trimestre de 2021, os cinco setores analisados pelo Caged geraram novos postos de empregos formais. A estatística é liderada pela indústria, responsável por 881 admissões e 657 desligamentos no período.

O setor industrial – segundo maior empregador do município, com o estoque de 8.115 funcionários formalizados – abriu 224 postos de trabalho em três meses, sendo 141 novas vagas em janeiro, 34 em fevereiro e outras 49 em março.

Entre os subsetores da atividade econômica, o saldo foi alavancado pela indústria de transformação, responsável por 856 contratações e 628 desligamentos, resultando em 228 novas vagas.

As indústrias de eletricidade e gás abriram uma vaga (duas contratações e uma demissão); as de água e esgoto tiveram uma contratação e nenhuma demissão; já a de extrativas fechou quatro vagas, com 21 admissões e 27 demissões.

O segundo setor com maior geração de vagas de emprego no primeiro trimestre é o comércio. A atividade econômica abriu 114 novos postos, advindos de 941 contratações para 827 desligamentos.

No comércio, foram criadas 40 novas vagas em janeiro e 89 em fevereiro. Já o mês de março – período que coincide com a determinação da fase emergencial e mais restritiva do Plano SP de prevenção à Covid-19 – terminou com saldo negativo de 15 vagas.

Segundo o Caged, a atividade comercial é a terceira maior empregadora do município, contabilizando estoque de 7.540 funcionários formalizados entre os meses de janeiro e março.

Entre os subsetores, o comércio varejista aparece no topo da lista dos que geraram empregos, com 66 novas vagas – resultado de 646 contratações para 580 demissões durante os três meses.

Em seguida, vem o comércio por atacado (exceto recuperação de veículos automotores e motocicletas), com geração de 34 novos postos, e, por último, o comércio de recuperação de veículos automotores e motocicletas, com 14 vagas criadas.

Em terceiro lugar na lista dos que mais geraram empregos no primeiro trimestre, está o setor de serviços, com saldo positivo de 62 novos postos de trabalho – resultado de 837 admissões para 775 demissões.

A atividade econômica é a maior empregadora da cidade e contabilizou 9.274 trabalhadores formalizados até março.  Em janeiro, o setor criou 11 novas vagas; em fevereiro, foram mais 84; e no terceiro mês do ano, perdeu 33 postos.

Na análise entre os subsetores, o relatório mostra os serviços de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais com mais 58 postos (219 contratações para 161 demissões)

Em segundo lugar na lista dos que mais abriram postos de trabalho no setor de serviços, aparecem as áreas de informação, comunicação e atividades financeiras (imobiliárias e administrativas). Foram 57 vagas, advindas de 243 contratações e 186 desligamentos.

Em seguida, aparecem os serviços de transporte, armazenagem e correio, com saldo de 27 trabalhadores formalizados nos três primeiros meses do ano – resultado de 213 contratações para 186 demissões.

Outros três subsetores da atividade fecharam o trimestre com saldo negativo: sendo 60 vagas fechadas nos serviços de alojamento e alimentação; menos 19 postos em outros tipos de serviços; e menos uma vaga nos serviços domésticos.

A quarta atividade com saldo positivo é a construção civil. O setor começou o ano com saldo negativo, perdendo uma vaga no mercado formal, mas, no mês de fevereiro, alcançou 20 novas vagas e, em março, outras 24, resultando em saldo positivo de 43 postos.

O saldo é oriundo de 135 contratações para 92 desligamentos ocorridos no primeiro trimestre – a construção civil totalizou 805 trabalhadores formalizados nos três primeiros meses deste ano.

Completa a lista dos setores a agropecuária. O grupo, que abrange agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, gerou 16 novas vagas no primeiro trimestre, com 32 admissões e 16 desligamentos.

A atividade, quarta maior contratadora do município, contabilizou 1.460 funcionários formalizados no trimestre. Em janeiro, o setor gerou seis novas vagas; em fevereiro, o saldo foi negativo com menos uma vaga; já em março, foram abertos 11 postos.

O saldo de Tatuí segue tendência nacional. Conforme o balanço do órgão do Ministério da Economia, o Brasil fechou o primeiro trimestre de 2021 com saldo positivo de 837.074 empregos formais.

O saldo nacional é resultado de 4.940.568 admissões e 4.103.494 desligamentos. Com isso, o estoque de empregos formais no país chegou a 40.200.042 vínculos, o que representa variação de 0,46% em relação ao estoque contabilizado até fevereiro.

Os números mostram que, na totalização do primeiro trimestre, todos os grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo no país, com destaque para o setor de serviços, com a geração de 95.553 novos postos formais.

Ainda segundo o Caged, apenas quatro dos 27 estados não registraram saldos positivos: Alagoas, com menos 8.310 empregos; Pernambuco, com menos 2.762; Ceará com saldo negativo de 1.564; e Sergipe, com menos 1.457 vagas.

Entre os estados que mais geraram vagas, o destaque fica para São Paulo, com 50.940 novos postos. Minas Gerais, com 35.592, Santa Catarina, com 20.729, e Rio Grande do Sul, com 17.762, foram os outros estados com maior geração de empregos formais.