O Divino





Quem o viu jogar diz com, muita precisão, que nunca observou Domingos da Guia dar um chutão. Chegava antes que o atacante e, de maneira clássica, saia jogando com categoria. Foi o maior craque revelado pelo Bangu, do RJ, tanto que seu nome consta no hino do clube. Defendeu, também, o Flamengo, Vasco, Corinthians, Boca Juniors e Nacional, de Montevidéu.

Fez fama na seleção, disputando a Copa de 1938. Todavia, muita gente não sabe que Domingos da Guia encerrou jogando no Tupã, do interior paulista, em 1955, e lá mesmo começou a carreira como treinador, conforme revela a foto histórica.

Em pé: Conceição, Dias, Moacir, Domingos da Guia, Sorocaba, Marinho e Nelson. Agachados: Moscatel, Paraguaio, Severo, Mendonça e Calixto, equipe que disputava a então segunda divisão do futebol de São Paulo.

Seu talento era de família: seus irmãos foram também bons de bola. Um deles, Ladislau, foi artilheiro famoso no futebol carioca, e seu filho Ademir da Guia, o grande craque do Palmeiras dos anos 1960 e 70. Por tudo isso, Domingos da Guia, chamado de “Divino”, está na história do futebol.

NOTA: As fotos são do arquivo pessoal do autor, que data de 50 anos. Ele, como colecionador e historiador do futebol, mantém um acervo não somente de fotos, mas de figurinhas, álbuns, revistas, recortes e dados importantes e registros inéditos e curiosos do futebol, sem nenhuma relação como os sites que proliferam sobre o assunto na rede de computadores da atualidade