O terceiro posto do Acessa São Paulo a entrar em operação na cidade está “saindo do papel” nesta semana. De acordo com o secretário municipal da Indústria e Desenvolvimento Econômico e Social, Ronaldo José da Mota, o Executivo já deu início às obras de adequação do imóvel que abrigará a unidade na região.
As obras estão a cargo da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura e incluem “pequenas modificações” no local. O ponto do Acessa no Santa Rita fica na rua Benedito Martins, 520, e estava previsto para ser inaugurado no dia 1o de fevereiro. A data, entretanto, pode mudar.
Conforme Mota, a entrega à população ainda não tem data definida. “Ela depende da conclusão das obras”, afirmou a O Progresso. O secretário disse, também, que a reforma é considerada “rápida”, mas que não há prazo determinado para o término.
O município conta, atualmente, com dois pontos – o primeiro, instalado no mesmo prédio da Biblioteca Municipal “Brigadeiro Jordão”, no Centro Cultural Municipal; e o segundo, na unidade do Poupatempo.
Para conseguir trazer um terceiro ponto a Tatuí, o Executivo disse ter precisado fazer um “amplo levantamento”. A equipe da Secretaria da Indústria passou a apurar os acessos realizados pela população que procurava o posto da região central.
“Nós mapeamos os usuários pela quantidade, idade, sexo, local de moradia e o tipo de acesso”, descreveu Mota. Conforme ele, a secretaria apurou que 60% dos usuários residiam no Jardim Santa Rita de Cássia, indicando “uma demanda”.
Com os dados, o secretário determinou que a equipe da pasta da Indústria verificasse, junto ao governo do Estado, a possibilidade de ampliar o programa na cidade. “Nós estávamos atrás da chance de arrumar outro ponto”, recordou Mota.
Na ocasião, a secretaria recebeu resposta de que era necessária a apresentação de informações complementares. “Em seguida, nós providenciamos outro levantamento, dessa vez, por secretaria”, descreveu.
Com apoio das secretarias da Educação e a da Saúde, Mota conseguiu levantamento sobre a quantidade de pessoas empregadas, desempregadas e matriculadas em escolas que poderiam utilizar o serviço. Segundo Mota, o secretário estadual da Gestão Pública, Davi Zaia viabilizou a implantação por meio de convênio.
O acordo entre a Prefeitura e o governo prevê que a municipalidade ceda espaço, funcionários e arque com as despesas de manutenção (água, luz e telefone). O Estado, por sua vez, cede equipamentos de informática e o sistema de internet.
Mota explicou que o convênio não prevê verba, mas investimentos, como a adequação da planta do Acessa no Santa Rita. As obras iniciadas esta semana incluem pintura do prédio e adequação do sistema elétrico e da acessibilidade.
De acordo com o secretário, a Prefeitura construirá uma rampa de acesso para cadeirantes e fará adaptação nos banheiros, para usuários com deficiência física.
As duas salas também serão modificadas, já que são separadas. “A Secretaria de Infraestrutura vai abrir uma passagem entre um ambiente e outro”, disse Mota.
Essa passagem unificará as duas salas, permitindo a implantação de recepção para cadastro de usuários e para espera pelo uso dos computadores.
O servidor e os equipamentos serão instalados no segundo ambiente. Serão entre 8 e 12 computadores.
A Prefeitura optou pelo imóvel porque ele é considerado “de fácil acesso” para a população da região – incluindo o Tanquinho e o CDHU “Mário dos Santos”.
O Santa Rita é o maior bairro populacional do município e com histórico de inúmeros problemas sociais. Nos últimos anos, contudo, mudou muito, exclusivamente pela “intervenção” da administração municipal.
Lembrando algo que muito se escuta em termos nacionais, quando o “Estado” não cumpre suas funções, não “toma conta”, a comunidade será ocupada por outra força, normalmente pelo crime organizado (ou mesmo desorganizado).
Daí a importância de atenção especial ao Santa Rita e a seus bairros vizinhos. Portanto, mais esse novo serviço não é apenas um benefício, mas uma necessidade. Que outros se somem a ele.
