“Creio na verdade fundamental de todas as grandes religiões do mundo. Creio que são todas concedidas por Deus e creio que eram necessárias para os povos a quem essas religiões foram reveladas. E creio que se pudéssemos todos ler as escrituras das diferentes fé, sob o ponto de vista de seus respectivos seguidores, haveríamos de descobrir que, no fundo, foram todas a mesma coisa e sempre úteis umas às outras.” (Mahatma Gandhi)
Dezembro chegou!
Hei você, aonde vai com tanta pressa? Eu sei que você tem pouco tempo. Mas será que poderia me dar uns minutos da sua atenção? Percebo que há muita gente nas ruas, correndo como você. Para onde vão todos?
As lojas e os shoppings estão lotados. As Crianças são arrastadas por pais apressados, em meio a uma velocidade desordenada. Há uma correria generalizada. Alimentos e bebidas são armazenados. E os presentes, então? São tantos a providenciar. Entendo que você tenha pouco tempo. Mas qual é o motivo dessa correria?
Percebo, também, luzes enfeitando vitrines, ruas, casas, árvores. Mas confesso que vejo pouco brilho nos olhares. Poucos sorrisos afáveis, pouca paciência para uma conversa fraternal.
É bonito ver luzes, cores, fartura. Mas seria tão belo ver sorrisos francos. Apertos de mãos demorados. Abraços de ternura. Mais gratidão, mais carinho e mais compaixão.
Talvez você nunca tenha notado que há pessoas que oferecem presentes por mero interesse. Que há abraços frios e calculistas. Que familiares se odeiam sem a mínima disposição para a reconciliação. Mas já que você me emprestou uns minutos do seu precioso tempo, gostaria de lhe perguntar novamente: – Para que tanta correria?
Em meio à agitação, sentado no meio-fio, um mendigo, ébrio, grita bem alto: – Viva Jesus, um Feliz Natal! E os sóbrios comentam: – É louco! E a cidade se prepara. Será Natal.
Mas, para você que ainda tem tempo de meditar sobre o verdadeiro significado do Natal, ouso dizer: – O Natal não é apenas uma data festiva, é um modo de viver.
O Natal é a expressão da caridade. E quem vive sem caridade desconhece o encanto do mar que incessantemente acaricia a praia, num vai-e-vem constante. Natal é fraternidade. E a vida sem fraternidade é como um rio sem leito, uma noite onde não há luar, uma criança sem sorriso, uma estrela sem luz.
Mas o Natal também é união. E a vida sem união é como um barco rachado, um pássaro de asas quebradas, um navegante perdido no oceano sem fim.
E, finalmente, o Natal é pura expressão do amor. E a vida sem amor é desabilitada para a paz, porque em sua intimidade não sopra a brisa suave do amanhecer, nem se percebe o cenário multicolorido do crepúsculo.
Viver sem a paz é como navegar sem bússola em noite escura. É desconhecer os caminhos que enaltecem a alma e dão sentido à vida.
Enfim, a vida sem amor. Bem, a vida sem amor é mera ilusão. Que este Natal seja, para você, mais que festas e troca de presentes. Que possa ser um marco definitivo no seu modo de viver, conforme o modelo trazido pelo notável Mestre, cuja passagem pela Terra deu origem ao Natal.
Por que abraçar?
Porque são inúmeras as vantagens de um abraço: – Produz calor, sempre aquece o coração; tem efeitos duradouros; preenche espaços vazios em nossas vidas; torna os dias mais felizes, torna viáveis os dias impossíveis; faz a gente se sentir bem, abre passagem para os sentimentos; constrói a autoestima, alivia a tensão; afirma a nossa natureza física; contribui fundamentalmente para a saúde, tanto física quanto emocional.
Além disso, não requer equipamento nem ambientação especial, qualquer lugar é lugar de um abraço, é só abrir os braços e o coração; é ecologicamente benéfico, não tumultua o meio ambiente; democrático, todos podem abraçar; é universal, em qualquer língua é sempre compreendido.
O abraço é em suma, um método simples de oferecer apoio, cura e crescimento. É a forma perfeita de mostrar o que as palavras não conseguem dizer.
A primeira qualificação para abraçar é o querer, todos têm uma capacidade natural para compartilhar abraços maravilhosos. A condição fundamental para o abraço sincero é respeitar o outro como pessoa, não lhe atribuir culpas, não julgar. É viver realmente o amor incondicional!