Da reportagem
A prefeita publicou nesta quinta-feira, 20, decreto municipal que autoriza o funcionamento do comércio por oito horas diárias. A medida segue determinação do estado para as cidades que estão na fase amarela do Plano São Paulo.
O decreto passou a valer na sexta-feira, 21, e é válido para todos os setores, como comércio, serviço, salões de beleza e barbearia, restaurantes e similares, academias, convenções e atividades culturais. Os empresários podem escolher se adotam jornada contínua ou fracionada, respeitando o limite de oito horas diárias.
O consumo local nos restaurantes e similares continua permitido apenas em ambientes arejados ou ao ar livre, com obrigatoriedade de assentos. Não é permitido que os clientes fiquem em pé, para evitar aglomerações.
A ocupação máxima deve ser de 40% da capacidade dos assentos e o fechamento precisa ocorrer até às 22h, com adoção dos protocolos geral e específicos para o setor. Funcionários e clientes devem usar máscara em todos os ambientes, tirando-as apenas no momento da refeição.
A autorização para que todas as atividades passem a funcionar por oito horas diárias em estabelecimentos comerciais e de serviço foi anunciada pelo vice-governador e secretário de governo, Rodrigo Garcia, na quarta-feira, 19.
“Este aperfeiçoamento foi aprovado pelo Centro de Contingência. Mesmo com essa autorização feita através de decreto do governo de São Paulo, os prefeitos têm autonomia para aplicar a medida e decidir se a mudança será adotada e em que momento deve ser adotada em suas cidades”, disse Garcia.
A ACE (Associação Comercial e Empresarial) comemora a decisão do governo, acatada pela prefeitura, por meio do decreto municipal. Anteriormente, mesmo na fase amarela, as atividades do setor funcionavam seis horas por dia.
Segundo o presidente da entidade, Eric Proost, essas duas horas incluídas no expediente serão positivas para o setor. “O comércio agradece. Com seis horas, estava melhor do que fechado, mas ainda não era suficiente para uma retomada”, argumentou.
“O comércio estava pagando um preço caro, por ser taxado como o principal local de circulação do vírus. Com isso, o pequeno lojista, que tem pouca movimentação de pessoas, também teve que fechar as portas e acabou sentindo ainda mais os reflexos da pandemia”, declarou o presidente.
Ele lembra que os estabelecimentos continuam obrigados a seguir os protocolos sanitários, como: uso obrigatório de máscaras por clientes e funcionários, distanciamento mínimo de 1,5 metro; disponibilização de álcool em gel e limite de clientes, conforme o tamanho do comércio.
“Ainda existe a questão de cuidado pessoal e normas sanitárias, tudo isso tem que ser mantido, pois o vírus ainda está bem ativo na cidade. Mas, já estamos mais confiantes com a retomada do comércio”, afirmou.
Com as atualizações recentes do Plano São Paulo, Proost disse estar otimista em relação à retomada da economia. Para ele, com horário de funcionamento estendido, a tendência é aumentar as vendas do comércio local nos próximos meses, de forma gradativa.
“Agora, é aguardar a redução do número de casos e a mudança para fases melhores, como a azul ou verde, para voltar à normalidade geral. Esperamos isso em alguns meses, pois já estamos vendo melhoras neste sentido”, concluiu.