Vitória Nascimento Da assessoria da Publikaí
Para a surpresa de muitos, uma recente pesquisa mostrou que o número dos corredores de rua aumentou durante a pandemia do novo coronavírus. A agência Edelman Intelligence fez uma pesquisa com 14 mil corredores de 12 países, incluindo o Brasil, que apontou que mais de um terço das pessoas entrevistadas (36%) estão mais ativos agora do que antes do início da pandemia, mesmo com as medidas adotadas pelo mundo para a contenção da doença.
E para aqueles que fazem parte da pesquisa e começaram a incluir a corrida no dia a dia, seja profissionalmente ou só nos fins de semana, não basta sair correndo por aí e batendo seus próprios recordes. É preciso estar preparado para este impacto que a corrida gera nos membros inferiores e em toda a musculatura corporal.
“Um movimento errado, uma compensação que o corpo faz em determinado momento e até mesmo a maneira de movimentar pernas e braços interferem diretamente não só no resultado, mas também na saúde do corredor”, pontua Bernardo Sampaio, fisioterapeuta e diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos.
Para isso, os exercícios de fortalecimento e flexibilidade são de extrema importância. E para não se lesionar é importante conquistar o alinhamento biomecânico destes membros, de modo que eles trabalhem em harmonia, sem nenhuma sobrecarga ou atrito errôneo.
E como fazer isso? Segundo Bernardo, é preciso que cada corredor conheça o seu corpo e a maneira como corre, estando consciente da maneira como distribui o peso do corpo e movimenta o tronco.
“O ideal é fazer uma avaliação minuciosa através de tecnologia avançada que permite ao profissional analisar como os ossos e os músculos estão organizados na reação à gravidade e às forças atuantes no corpo humano, buscando as melhores formas de correção biomecânica e facilitando os ajustes”.
Além disso, a má postura costuma ser a inimiga número um do corredor. Bernardo Sampaio explica ainda que os exercícios devem começar em terreno plano para que o corpo se adapte com mais facilidade e aos poucos ir aumentando a carga e o ritmo dos treinos de maneira gradativa.
Vale lembrar que ter o apoio de um treinador virtualmente com uma tabela especifica de treinos é fundamental para avaliar avanços, adequação e ajustes de treinos.
Bernardo Sampaio é fisioterapeuta, diretor regional da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna e diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, de Guarulhos, e professor do curso de fisioterapia do Centro Universitário Eniac.