Da reportagem
Tatuí é a cidade com o terceiro maior índice de recuperação de pacientes com Covid-19 na RMS (Região Metropolitana de Sorocaba). A cidade também ocupa a mesma posição na taxa de letalidade da doença.
A comparação foi divulgada pela prefeitura na manhã de sexta-feira, 3, em estudo estatístico, com dados levantados entre os dias 16 de março e 1º de julho, pela Secretaria Municipal da Saúde.
Conforme o estudo, 79,78% dos pacientes contaminados pelo coronavírus já são considerados recuperados no município. A cidade só perde para Sorocaba, que obteve índice de 87,50% de recuperação, e Piedade, que somava 79,90%, no mesmo período.
Considerando as dez cidades de porte equivalente, o índice é maior que o registrado em Salto (79,35%), Itu (75,69%), Boituva (75%), Porto Feliz (74,73%), Itapetininga (63,54%), Votorantim (62,57%) e São Roque (61,50%).
O levantamento aponta que o município também figura na terceira posição do ranking, entre as mesmas cidades, por taxa de mortalidade. Na cidade, para cada 17,8 casos confirmados da doença, uma pessoa faleceu – isso levando-se em consideração os 479 casos positivos até quinta-feira, 2, com 27 óbitos, o que representa 5,59%.
Tatuí só perde para Itu (6,04%) e Itapetininga (7,58%). Os melhores índices foram registrados em Porto Feliz (1,81%), Sorocaba (2,29%), Salto (3,24%), Boituva (3,31%), São Roque (3,98%), Votorantim (4,10%) e Piedade (5,03%).
O relatório emitido pela Secretaria Municipal de Saúde ainda mostra dados como casos confirmados, por mês, por local de trabalho, óbitos, casos gripais atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), internação em UTI, ocupação de leitos clínicos e atendimento nas centrais de controle.
Em levantamento mensal, considerando as notificações recebidas entre abril, maio e junho, o estudo mostra uma curva crescente, que começa com 19 tatuianos contaminados pela doença em abril, sobe para 138 infectados em maio e chega a 294 confirmações em junho.
No último mês analisado, a cidade atingiu uma média diária de quase dez casos positivos. Já os piores resultados foram notados no dia 13 de junho, com 24 confirmações da doença em 24 horas, e no dia 18 de junho, quando foram notificados 21 casos positivos.
O resultado mensal entre os óbitos confirmados também é crescente nos três meses analisados. O estudo começa com uma morte pela doença em abril, salta para dez registros de óbitos por Covid-19 em maio e alcança 16 em junho.
Na divisão por local de trabalho, entre 26 profissões analisadas, o estudo aponta maior índice de contaminação em empresas. Dos 451 casos confirmados no período, 107 afirmaram trabalhar no setor (23,72%).
Em seguida, aparece a classe dos profissionais de saúde, com 72 afastados pela doença. O comércio registrou 61 trabalhadores contaminados, e, entre os aposentados, 36 foram infectados por coronavírus.
Também entre os três meses, o levantamento revela que 1.671 pessoas foram atendidas nas unidades básicas de saúde e pronto-socorro com sintomas gripais, sendo 159 em abril, 718 em maio e 794 em junho.
Já a Central de Combate à Covid-19, que realiza o monitoramente de pacientes com suspeita da doença, identificados por meio de barreiras sanitárias e pelo atendimento da rede pública, fez 1.121 atendimentos nos três meses, dos quais, até quarta-feira, 1º, 65 haviam sido confirmados com a doença e 317 permaneciam em análise.
O estudo ainda mostra que, de março a abril, 2.774 pessoas foram atendidas por meio do 0800 da Covid-19 – que disponibiliza profissionais de saúde 24 horas por dia para prestar informações e orientações sobre sintomas, tratamento e prevenção à doença – sendo 1.105 em março, 730 em abril, 572 em maio e 374 em junho.