Da redação
Laudo do exame de DNA, concluído na terça-feira, 23, confirmou que a ossada humana encontrada em um terreno na região do Jardim Lírio, dia 18 de maio, é do investigador da Polícia Civil Rodrigo de Campos Pereira, que tinha 35 anos.
De acordo com a mãe da vítima, Heleni Campos, o corpo foi velado no início da tarde de quarta-feira, 24, e o enterro aconteceu no cemitério Jardim da Paz, ambos em Cesário Lange. O exame não identificou a causa da morte.
“Acabou a minha esperança de que ele estivesse vivo. Era um grão de areia, mas eu ainda acreditava que pudesse não ser ele e que o Rodrigo iria voltar para casa. Estou despedaçada, mas agora vou buscar a justiça: o responsável pela morte do meu filho tem que pegar pelo que fez”, desabafou Heleni.
O material humano estava em uma trilha na área rural, próxima à empresa Gralha Azul. As buscas foram efetuadas depois que a PC encontrou a moto dele queimada (uma Harley Davidson, cor prata, placa DUV 4910).
Um homem acionou a Polícia Militar depois de ter passado pela trilha e visto a moto queimada. A investigação trabalha com a hipótese de que a moto tenha sido descartada no local na mesma semana em que foi encontrada.
À PC, o homem que encontrou o veículo disse que passara pela mesma trilha na semana anterior e a moto não estava lá. Uma equipe do SIG (Setor de Investigações Gerais), da Delegacia Central, esteve no local e constatou, pelas informações do veículo, que a moto pertencia ao investigador.
Na manhã de segunda-feira, 18 de maio, com apoio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga, os policiais voltaram ao local e localizaram a ossada junto aos documentos pessoais e uma carteira funcional da Polícia Civil em nome do investigador.
Pereira estava desaparecido desde 11 de fevereiro de 2019. Ele morava em Tatuí e atuava em Capela do Alto. A família relatou, em boletim de ocorrência, que, no dia do desaparecimento, o investigador saíra de casa com a motocicleta para levar a namorada até Capela do Alto, onde ela também trabalhava, como escrivã.
Ainda segundo a família, por volta das 11h daquele dia, o policial, que estava de férias, informou que iria almoçar com um colega de trabalho e, na sequência, seguiria para Boituva resolver problemas bancários e visitar o filho, que mora na cidade. Desde então, ele está desaparecido.
O caso passou a ser investigado em sigilo na região de Itapetininga. O delegado responsável, da DIG de Itapetininga, Agnaldo Nogueira Ramos, informou que foram recebidas diversas denúncias e que todas elas vêm sendo averiguadas pela equipe de investigação.
Investigações apontam que Pereira foi visto pela última vez em uma agência bancária de Boituva, por volta das 13h46. Uma equipe de mergulhadores do Corpo de Bombeiros de Itu e cães farejadores da corporação chegaram a realizar buscas em um lago de Boituva, após denúncias, mas não havia sinal da passagem do investigador pelo local.