Raymundo Farias de Oliveira
Abro a cortina do tempo
e contemplo o caminho percorrido…
Meus passos solitários
cravados na solidão longínqua.
Escuto vozes siderais.
As estrelas estariam cantando?
Ou seriam canções adormecidas
nos desvãos da memória?…
Devaneios inesperados
me conduzem ao quintal
de minha infância
na busca inútil dos brinquedos que não tive.
Renasce a ilusão
que partiu na tarde vazia
cavalgando o fiapo de nuvem branca
sem dizer adeus ao menino perplexo.