Raul Vallerine
Sugestões de presentes para o Natal: Para seu inimigo, perdão. Para um oponente, tolerância. Para um amigo, seu coração. Para um cliente, serviço. Para tudo, caridade. Para toda criança, um exemplo bom. Para você, respeito.
Oren Arnold
Dezembro! Chegou!
Hei você, aonde vai com tanta pressa? Eu sei que você tem pouco tempo. Mas será que poderia me dar uns minutos da sua atenção? Percebo que há muita gente nas ruas, correndo como você. Para onde vão todos?
As lojas e os shoppings estão lotados. As Crianças são arrastadas por pais apressados, em meio a uma velocidade desordenada. Há uma correria generalizada. Alimentos e bebidas são armazenados. E os presentes, então? São tantos a providenciar. Entendo que você tenha pouco tempo. Mas qual é o motivo dessa correria?
Percebo, também, luzes enfeitando vitrines, ruas, casas, árvores. Mas confesso que vejo pouco brilho nos olhares. Poucos sorrisos afáveis, pouca paciência para uma conversa fraternal.
É bonito ver luzes, cores, fartura. Mas seria tão belo ver sorrisos francos. Apertos de mãos demorados. Abraços de ternura. Mais gratidão, mais carinho e mais compaixão.
Talvez você nunca tenha notado que há pessoas que oferecem presentes por mero interesse. Que há abraços frios e calculistas. Que familiares se odeiam sem a mínima disposição para a reconciliação. Mas já que você me emprestou uns minutos do seu precioso tempo, gostaria de lhe perguntar novamente: – Para que tanta correria?
Em meio à agitação, sentado no meio-fio, um mendigo, ébrio, grita bem alto: – Viva o Menino Jesus, um feliz Natal! E os sóbrios comentam: – É louco! E a cidade se prepara. Será Natal.
O que é Natal para você?
Alguns me responderiam que é uma festa de final de ano, outros diriam até que é uma comemoração do nascimento de Cristo!
Mas de que vale admirar um ser tão maravilhoso e não ter a capacidade de querer tornar-se semelhante a ele?
A maioria de nós desfruta de uma “Ceia” de Natal, somos aconchegados e acalorados pelo Espírito “Festivo” do Natal!
Mas será que nós realmente pensamos em nossos semelhantes como imaginamos? Será que a imagem que transmitimos à sociedade reflete aquilo que realmente somos?
Mas, para você que ainda tem tempo de meditar sobre o verdadeiro significado do Natal, ouso dizer: – O Natal não é apenas uma data festiva, é um modo de viver.
O Natal é a expressão da caridade. E quem vive sem caridade desconhece o encanto do mar que incessantemente acaricia a praia, num vai e vem constante.
Natal é fraternidade. E a vida sem fraternidade é como um rio sem leito, uma noite onde não há luar, uma criança sem sorriso, uma estrela sem luz.
Mas o Natal também é união. E a vida sem união é como um barco rachado, um pássaro de asas quebradas, um navegante perdido no oceano sem fim.
E, finalmente, o Natal é pura expressão do amor. E a vida sem amor é desabilitada para a paz, porque em sua intimidade não sopra a brisa suave do amanhecer, nem se percebe o cenário multicolorido do crepúsculo.
Enfim, a vida sem amor. Bem, a vida sem amor é mera ilusão. Que este Natal seja, para você, mais que festas e troca de presentes.
Que possa ser um marco definitivo no seu modo de viver, conforme o modelo trazido pelo notável Mestre, cuja passagem pela Terra deu origem ao Natal.
Que este ano, o “Espírito de Natal” não se perca apenas em vaidades, pedidos e comemorações, mas que ele possa ser elevado ao verdadeiro propósito do Natal, ”Amar ao próximo assim como Jesus nos amou”, este é o verdadeiro ensinamento de Jesus.