Na noite de segunda-feira, 24, ao longo da sessão ordinária da Casa de Leis, os vereadores aprovaram, por unanimidade, o requerimento 1.426/19, de autoria do presidente da Câmara Municipal, Antônio Marcos de Abreu (PL).
A matéria questiona se existe a possibilidade ou se estaria nos planos da atual gestão o tombamento, através de decreto municipal, da capela da Santa Casa como patrimônio histórico, cultural e religioso de Tatuí.
Desde a construção, há cerca de quatro décadas, a capela é utilizada pelas pessoas que passam pelo hospital. A atual Paróquia Sagrada Família foi originada a partir da capela, desenvolvendo atividades como celebrações, missas, batizados, casamentos, catequese de crianças e adultos e reuniões de pastorais.
A capela é administrada pela Família Vicentina de Tatuí, por meio de conselhos particulares. Ao longo dos anos, a entidade promoveu diversas campanhas para a revitalização e manutenção do local, com auxílio de inúmeros benfeitores.
Conforme Abreu, “a capela é um símbolo cultural e religioso do município e que resgata a fé cristã do povo honroso, religioso e trabalhador”.
“O tombamento da capela da Santa Casa e sua preservação histórica, cultural e religiosa é uma aspiração de todos nós, tatuianos”, reforçou o presidente.
O requerimento 1.452/19, protocolado pelo vereador Rodolfo Hessel Fanganiello (PSB), solicita informações ao presidente do Tatuíprev (Instituto de Previdência Própria de Tatuí), Rosan Paes de Camargo Filho, sobre investimentos no fundo Infinity Institucional Fundo de Investimento Multimercado.
O documento pergunta em qual data houve a deliberação do conselho de investimentos para a aprovação de aplicações junto ao fundo, além de questionar quais membros participaram da reunião e o valor inicial investido.
De acordo com o autor do requerimento, a Infinity Institucional Fundo de Investimento Multimercado está fechada para liquidações financeiras e, caso o Tatuíprev tente retirar o dinheiro aplicado (segundo Fanganiello, aproximadamente, R$ 4 milhões), não iria conseguir, pois as “alterações de crédito dentro do fundo são duvidosas”.
Conforme o vereador, no dia 26 de dezembro do ano passado, o gestor da Infinity renunciou ao cargo e, somente nove dias depois, o fundo fechou para balanço e só reabriu no dia 17 de janeiro.
“Quem trabalha em mercado financeiro sabe que fundo que fecha para balanço está com problemas”, garantiu o parlamentar.
“O Tatuíprev tem mais de R$ 200 milhões aplicados, mas não basta apenas aplicá-los, tem de acompanhar o desenvolvimento do mercado e as variáveis”, declarou.
Apesar de não ter protocolado nenhum requerimento para a sessão, o vereador Severino Guilherme da Silva (PSD) subiu à tribuna para pedir melhor atendimento na UBS (unidade básica de saúde) do Jardim Santa Rita de Cássia.
Segundo o edil, na semana anterior, um médico que atua no local teria mais duas horas de trabalho e, por algum motivo, não queria mais receber as famílias que estavam aguardando atendimento.
Silva afirmou que, quando acontece algum tipo de problema na UBS, normalmente, a Guarda Civil Municipal é chamada para o local. Contudo, o parlamentar afirma que eventuais adversidades têm de ser solucionadas somente por algum profissional da área de saúde.
“Se o médico tem uma quantidade de consultas para atender, que a prefeitura coloque mais profissionais para suprir a demanda da população local”, complementou o vereador Valdeci Antônio de Proença (Podemos).
Em nenhuma das 20 sessões ordinárias realizadas na Câmara Municipal em 2019, os parlamentares puderam votar projetos de lei, permanecendo apenas debatendo os requerimentos.
As apreciações de PLs só estão ocorrendo quando o presidente convoca sessões extraordinárias justamente para essa finalidade. A última vez que uma reunião contou com a ordem do dia foi em dezembro do ano passado.
Novamente sem a ordem do dia para apreciação, discussão e votação de projetos de leis, os vereadores votaram e aprovaram 23 indicações, 70 requerimentos e 1 moção de aplausos e congratulações.