O bulício do vento andarilho alegrava o silêncio daquela manhã azul.
Interrompi a gostosa leitura do romance antigo e me pus a admirar, encantado, a beleza exuberante da viçosa sibipiruna a derramar sua sombra generosa bem em frente a nossa casa.
Parece que foi ontem mesmo que vi a pequenina muda plantada, depois, crescendo, crescendo… e, agora, transformada no recreio ruidoso da passarada.
Afinal, quem envelheceu? Ela ou eu? Ou ambos? Fiquei matutando.
Nisso, passou uma borboleta amarela recortando o espaço com graciosos pulinhos repetidos. Um voo cinematográfico. Com muita leveza.
Passou e sumiu no quintal vizinho.
Nem me viu na varanda!