O monitoramento com câmeras de segurança chegou a 24 unidades escolares municipais de ensino infantil. Os equipamentos fazem parte do PMSE (Plano Municipal de Segurança nas Escolas) e já atingiram 37% da meta de instalação.
A prefeitura está investindo R$ 1,5 milhão para monitorar, com câmeras e outros equipamentos, 65 prédios escolares. Serão mais de 800 pontos de monitoramento e, conforme divulgado pela prefeitura, 370 câmeras já estão em operação.
A Secretaria Municipal de Educação iniciou a instalação do sistema de segurança nas escolas municipais já no ano passado. Com recursos próprios, as primeiras unidades a receber os equipamentos foram creches e pré-escolas, que atendem crianças de zero a cinco anos.
As primeiras unidades a receber o equipamento de segurança com circuito de alarme foram as Emeis “Maria de Lourdes Rosa Bueno” (11 câmeras), no Parque San Raphael, e a “Winie Sarli Fitts” (13 câmeras), no Jardim Rosa Garcia.
Neste ano, já por meio de licitação pública, o equipamento foi instalado na Cepem “Professora Eny Vanni Campos”, na vila São Lázaro (nove); e nas creches “Prof. Mário Araújo Júnior”, na vila Angélica (16); “Amadeu Fragnani”, na vila Santa Luzia (16); “Chiquinha Rodrigues”, no centro (15); e “Maria Zeneide de Almeida Mello”, no Jardim Santa Rita de Cássia (16).
Além disso, o circuito de alarmes e segurança chegou à “Professora Vera Fonseca Sinisgalli”, na CDHU (16); “Maria Estrela Abreu”, Jardim Manoel de Abreu (16); “Yolanda de Castro Del Fiol”, São Cristóvão (16); “Marli Aparecida Gaspar da Silva”, Jardim Lírio (16); “Joaquim da Silva Campos”, Valinho (16); e “Laurindo Badanais”, Jardim Santa Rita de Cássia (13).
Os mesmo equipamentos também foram instalados na “Dr. Arthur Avalone”, Jardim Ternura (25); “Prof.ª Maria Cristina Ferrão Vieira Martins”, Jardim Gonzaga (16); “Madre Úrsula”, Jardim Vale da Lua (15); “Prof.ª Cacilda Rodrigues de Almeida Hoffmann”, vila Dr. Laurindo (16); e “Prof.ª Lygia Rodrigues Del Fiol”, Jardim Planalto (16).
Ainda, já estão presentes nas escolas “Prof.ª Maria Ruth Luz”, no Residencial São Conrado (16); “Prof. Vicente de Camargo Barros” (16), “Thomyres Gianesella Lisboa” (16) e “Alzira Ledo Bomfim” (15), no centro; e “Nivaldo Lourenço Gomes” (16) e “Valderes de Souza – Dona Bia” (14), no bairro Tanquinho.
A Central de Monitoramento fica na sede da Guarda Civil Municipal. As imagens captadas nas unidades de ensino são gravadas pelo circuito interno e ficam registradas por 15 dias, aos cuidados da GCM.
De acordo com o secretário municipal da Educação, Miguel Lopes Cardoso Júnior, o Plano Municipal de Segurança nas Escolas tem objetivo de garantir a segurança dos alunos e funcionários e, ainda, evitar furtos nas unidades.
No ano passado, 25 unidades escolares foram vítimas de furtos nos fins de semana. Algumas delas, como no Parque São Raphael, foram atacadas em quatro oportunidades. Na maioria das vezes, os invasores levaram merenda, botijão de gás, panelas, massinhas, lápis de cor, guache e trabalhos das crianças.
A intenção, segundo o secretário, é finalizar todas as instalações até agosto. Uma equipe terceirizada deve ser contratada para dar apoio nas instalações. Até então, a implantação do circuito de monitoramento estava sendo realizada pelo setor de TI da própria Secretaria de Educação.
Cardoso afirmou que o processo de licitação para a contratação de uma empresa terceirizada deve ser finalizado ainda este mês. Ainda garantiu que as instalações devem continuar durante o período de férias escolares, no mês de julho.
Cardoso destaca que, nas escolas com câmeras de segurança instaladas, já estão sendo percebidos “resultados satisfatórios”. Para o secretário, além de evitar invasões, o dispositivo é um grande aliado na identificação de suspeitos.
“Reduziram muito os casos de furto e tem ajudado a evitar outras diversas situações. Esta semana mesmo um rapaz entrou em uma escola e cobriu a câmera de segurança com um pano. A GCM percebeu e, imediatamente, seguiu até a unidade, conseguindo evitar qualquer ação”, argumentou o secretário.
Conforme a prefeitura, o novo sistema é mais moderno e vantajoso economicamente. Ao longo de 18 meses (entre 2015 e 2016), foram pagos R$ 7,2 milhões a uma empresa particular, que, ao encerrar o contrato com o município, fez a retirada de todos os equipamentos.
O assunto gerou polêmica e a administração anterior foi investigada por uma CEI (comissão especial de investigação), instalada na Câmara Municipal.
Os relatórios produzidos pela CEI foram encaminhados, à época, ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo) e ao Ministério Público.
O pregão presencial para a aquisição de câmeras, alarmes, sensores e outros equipamentos para o monitoramento foi realizado em novembro de 2018. Sete empresas participaram. O valor estimado dos equipamentos esteve calculado em R$ 2.093.190,37, e, após os lances, acabou fechado em R$ 1.508.186,70.
Ainda segundo a prefeitura, todo o equipamento é HD (o anterior era analógico) e será parte integrante do patrimônio público municipal. Além das câmeras, os circuitos de segurança possuem central de alarme completa, sensor de movimento e sensor magnético.