O vereador Ronaldo José da Mota (PPS) apresentou, na terça-feira, 12, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal, uma representação – logo depois, retirada – que solicitava a abertura de processo de cassação do colega parlamentar Joaquim Amado Quevedo (MDB).
O documento acusa Quevedo de “quebra de decoro parlamentar”, por uma declaração dada em tribuna durante a primeira sessão extraordinária de 2019, dia 10 de janeiro.
Na ocasião, o vereador declarou: “Você ganhou a eleição aqui porque vocês são ‘avião’. Compraram muitos vereadores aqui e deram um jeitinho, soltaram-nos para ‘andar sozinhos’, mas tá bom”.
A representação de Mota afirma que “o vereador acusa os parlamentares da Casa de Leis de se venderem para conseguirem cargos na eleição da composição da Mesa Diretora para o biênio 2019-2020”.
De acordo com o documento, Quevedo acusa vereadores e se refere ao presidente da Câmara Municipal, Antônio Marcos de Abreu (PR), como se “os parlamentares tivessem comando sobre os demais pares, citando-se de forma pejorativa”. “Me senti ofendido, como a maioria dos vereadores se sentiram”, expôs Mota.
A representação entregue ao presidente pede a composição de comissão processante para a cassação de Quevedo e apresentaria uma mídia audiovisual e ata da sessão extraordinária.
Entretanto, Mota afirmou que, por falta de tempo, ainda não conseguiu o número de assinaturas suficientes e a ata para ser anexada à representação. Ele garantiu que, além da cassação, irá entrar com uma ação junto ao Ministério Público.
Por conta da falta da ata da sessão extraordinária, o vereador pediu que a representação fosse retirada e anunciou que, posteriormente, quando tiver a ata, fará novo pedido de cassação.
À reportagem de O Progresso, Quevedo afirmou não ter citado o nome de nenhum parlamentar. Segundo ele, houve vereadores que haviam prometido voto e, depois, “foram para o lado de lá”. “Só falei a verdade, eu não volto atrás nunca”, completou Quevedo.