A Guarda Civil Municipal de Tatuí registrou aumento em todos os campos de produtividade em 2018. Os dados são do relatório anual de estatística da GCM, divulgado a O Progresso por meio da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Mobilidade Urbana.
A alta no índice de flagrantes efetuados chegou a 32,2% em relação ao mesmo período de 2017. No total, foram 476 contra 360 registros do ano anterior.
De acordo com o órgão, foram realizadas 19,6 mil abordagens de janeiro a dezembro. O trabalho resultou na elaboração de 1.096 boletins de ocorrência de naturezas diversas e na prisão de 567 pessoas.
Entre os presos, estão 383 envolvidos com o tráfico de drogas (257 maiores de idade e 126 adolescentes). Os crimes desta natureza representaram 46% das ocorrências registradas pelo órgão e tiveram aumento de 157 para 247 com relação a 2017.
Nos 12 meses de 2018, os agentes recolheram mais de 20 quilos de entorpecentes, sendo 16,2 de maconha, 5,7 de cocaína e 2,3 de crack.
O segundo maior número de registros é o de furto. O crime contra o patrimônio representa 21% do total de ocorrências anotadas pela Guarda e também apresentou aumento, de 82 casos em 2017 para 115 em 2018.
Segundo o secretário municipal da Segurança e Mobilidade Urbana, José Roberto Xavier da Silva, os índices mostram eficiência no trabalho realizado pelos agentes de segurança da Guarda Civil Municipal.
“O aumento da produtividade policial é um bom índice, pois mostra que os guardas estão atuando contra os criminosos responsáveis pelo tráfico de drogas e, também, evitando crimes contra o patrimônio”, avaliou.
Nos 12 meses de 2018, duas tentativas de homicídio foram atendidas pelo órgão municipal, redução de sete crimes desta natureza em relação ao mesmo período de 2017, quando houve nove casos.
Durante as operações da GCM, no ano passado, aconteceram 19 ocorrências de roubo. Os casos representam queda de 44% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados 34 roubos.
O relatório da GCM de 2018 ainda mostra crescimento em relação aos índices de 2017 nos casos de violência doméstica (de 21 para 23), receptação (9 para 20), embriaguez ao volante (18 para 19) e porte de entorpecentes (15 para 21).
Além disso, houve aumento de captura de procurado (31 para 41) e automóveis localizados (27 para 32).
No total, efetivaram-se 43,5 mil atendimentos durante o ano passado, entre ações de combate à criminalidade, suporte ao público e outros serviços. O número representa 69,5% auxílios a mais que no ano anterior, quando houve 25.663 atendimentos.
Xavier acrescenta que boa parte das ocorrências da cidade tem sido efetuada pelos guardas civis. Ele ressalta que, durante o ano de 2018, foram realizadas diversas operações, desenvolvidas e planejadas nas reuniões do gabinete de gestão integrada municipal
O secretário ainda destaca que, durante o ano de 2018, foram realizadas diversas ações sociais, assim como palestras preventivas ao uso de drogas, nas escolas municipais, apresentação do canil da GCM e palestras sobre proteção e cuidados com o meio ambiente.
“Estas ações ajudam na prevenção da criminalidade, levando informações úteis para os alunos das escolas do município”, completou.
Índices da SSP
Os índices apresentados pela GCM também fazem parte dos dados divulgados pela SSP (Secretaria Estadual de Segurança Pública), a qual junta em uma única análise os procedimentos ocorridos em todos os distritos policiais do município, assim como nas delegacias especializadas, incluindo as da mulher.
A estatística mais recente do órgão estadual – que leva em conta os números referentes ao mês de novembro – apontam que Tatuí teve queda de 26,31% nos roubos e de 15,78% nos furtos em geral em relação ao mês de outubro do mesmo ano.
O número de roubos passou de 19 para 14 de um mês para o outro. Já a quantidade de furtos teve redução de 95 para 80 no período.
Em comparação com o mês de novembro de 2017, também houve redução de furtos, chegando a 87 casos. Já os roubos permaneceram estáveis, com 14 registros – igual número para o mesmo mês de 2017.
Os furtos e roubos de veículo apresentaram aumento no comparativo de outubro para novembro, passando de zero para um e 14 para 15 casos, respectivamente – alta de um registro para cada crime.
Já com relação ao mesmo mês de 2017, houve queda de 75% no índice de roubos e de 11,7% nos furtos de veículos. Em novembro de 2018, foram 15 casos de furto, contra 17 no ano anterior. Já os roubos de veículo passaram de quatro para um caso.
Os índices de estupro ficaram estáveis em outubro e novembro, com um caso registrado por mês. Ainda, houve uma vítima poupada em relação ao mesmo período do ano de 2017, quando foram atendidos dois crimes desta natureza.
Estupros envolvendo menores de idade e vítimas tidas como vulneráveis subiram de três casos em outubro para quatro em novembro – crescimento de dois casos em relação ao 11º mês de 2017, quando houve dois casos.
Os homicídios dolosos ficaram estáveis, com um caso e uma vítima – igual número contabilizado em novembro de 2017. Mas, houve redução, de dois para um registro, de outubro a novembro de 2018.
O município não contabilizou nenhuma ocorrência de roubo a banco, roubo de carga e latrocínio no período.
Os dados da Secretaria de Segurança ainda mostram terem sido contabilizados acréscimos na produtividade policial. Subiram os índices de ocorrências de tráfico, apreensões de armas de fogo e prisões em flagrante.
O número de boletins de ocorrências de tráfico de drogas cresceu 67,6%, passando de 210 para 352.
O número de armas apreendidas subiu nos onze primeiros meses, de oito para 16. A quantidade de porte de armas passou de cinco para 13.
De acordo com o relatório de segurança pública, o número de prisões efetuadas pelas forças policiais também teve aumento. A quantidade subiu 18,6%, passando de 636 para 754, entre 2017 e 2018.
A quantia de prisões em flagrante aumentou 29,4% passando de 524, em 2017, para 678, neste ano. Os casos de prisões com mandado tiveram crescimento de 5,8%, com 191 casos em 2017 e 202 no ano passado.
Em 2018, a maioria das prisões em flagrante ocorreu em março, que fechou com 73 registros, seguido por agosto (70), abril (69), setembro (67), junho (66), outubro, (63), janeiro (56), novembro (55), maio (54), fevereiro (53) e julho (52).
Já no semestre de 2017, março terminou com 45 prisões, atrás de julho (77), mês com maior quantidade de registros. Junho, por outro lado, teve o menor número de presos em flagrantes (33).
O número de apreensões de adolescentes também aumentou. Os cumprimentos de mandado de apreensão de menores de 18 anos subiram de dois para três. Já os flagrantes de crianças e adolescentes passaram de 135 para 199, aumento de 47,4%.
Ainda nos 11 primeiros meses de 2018, 1.324 inquéritos policiais (IPs) foram instaurados pela Polícia Civil, que também anotou 538 flagrantes, contra 430 em 2017, aumento de 25,1%. Já os casos de porte de entorpecentes passaram de 52 para 50, com redução de 3,8%.
Do total dos inquéritos, 184 foram instaurados em novembro (maior quantidade), enquanto que, em agosto, foram 135. Em junho e março, o número chegou a 133; em outubro, 130; abril, 128; e, em maio, 127. Setembro (118), janeiro (88), julho (86) e fevereiro (62), por outro lado, foram os meses com menor número de IPs instaurados.
De acordo a Secretaria de Segurança Pública, as estatísticas oficiais de criminalidade são utilizadas regularmente para retratar a situação da área, mas os dados oficiais de criminalidade estão sujeitos a uma série de limites de validade e confiabilidade.
Para que um crime faça parte das estatísticas oficiais, são necessárias três etapas sucessivas: ser detectado, notificado às autoridades policiais e, por último, registrado em boletim de ocorrência.
Pesquisas de vitimização realizadas no Brasil sugerem que, em média, os organismos policiais registram apenas um terço dos crimes ocorridos, percentual que varia de acordo com o delito.
A SSP esclarece que, por estas e outras razões, nem sempre o aumento dos dados de criminalidade oficiais pode ser interpretado como piora da situação de segurança pública.
Ao contrário, nos locais onde é grande a “cifra negativa”, o aumento nos crimes notificados é considerado indicador positivo de credibilidade e performance policial.
Índices do estado
De acordo com relatório divulgado pela SSP, o estado de São Paulo fechou o mês de novembro com queda nos casos e vítimas de homicídios e latrocínios, além de redução nos estupros. Também houve diminuição em todas as modalidades de roubos e furtos.
As ocorrências de homicídio doloso recuaram 15,5% no mês de novembro, com 240 casos, ante 284 em igual período de 2017. O número de vítimas caiu 12,6%, com 37 vidas poupadas, passando de 294 para 257.
Com as quedas, as taxas de homicídios do estado nos últimos 12 meses (de dezembro de 2017 a novembro de 2018) foram de 6,83 casos e 7,19 vítimas a cada 100 mil habitantes.
Os latrocínios apresentaram queda de 4,2% no mês, passando de 24 para 23 ocorrências. A quantidade é a menor da série histórica desde 2010 e iguala-se ao total registrado no ano de 2014.
No mesmo período, o número de vítimas de roubos seguidos de morte teve redução de 4%, já que o total passou de 25 para 24 vítimas. É o menor número desde 2014.
Em novembro, os estupros diminuíram 12,3% no estado, com 922 ocorrências – 129 a menos que em igual período de 2017. As extorsões mediante sequestro permaneceram zeradas.
Os roubos em geral caíram 8%, com 1.835 casos a menos no penúltimo mês de 2018. Foram 21.021 ocorrências em novembro deste ano, ante 22.856 no mês do ano passado. É o menor total desde 2013.
Os roubos de veículos recuaram 9%, passando de 5.634 para 5.127, ou seja, 507 casos a menos. É o segundo menor total contabilizado em toda a série histórica, iniciada em 2001.
Os roubos a banco caíram 85,7% em novembro. A diminuição mensal foi de seis ocorrências, caindo de sete para um. No mesmo período, os roubos de carga tiveram queda de 16,2%, passando de 829 para 695.
Os furtos em geral tiveram redução de 1,1%, com 41.550 casos, contra 42.002. Os furtos de veículos reduziram em 8,4% no mês. A quantidade caiu de 9.099 para 8.338, menor número desde 2009.
Em novembro, o trabalho integrado entre as polícias Civil e Militar resultou em 15.496 prisões. É a maior quantidade registrada na série histórica. No mesmo mês, 1.011 armas de fogos foram retiradas das ruas e 3.660 flagrantes de tráfico de drogas, registrados.