O programa “GPS Rural”, lançado oficialmente no mês passado, está na fase de identificação das propriedades, conforme afirmou o guarda civil municipal Joaquim Carlos Diniz.
O profissional, também engenheiro ambiental e sanitarista, é um dos desenvolvedores da tecnologia e garante que a etapa é uma das principais para melhorar o atendimento das forças de segurança na área rural e o consequente desempenho da plataforma, que já está em funcionamento.
Na primeira etapa de desenvolvimento do programa, os imóveis da zona rural localizados em vias sem nome e que não possuem numeração foram cadastrados pela GCM e ganharam uma referência.
Agora, nesta nova etapa, é necessário identificar estes imóveis, visando facilitar o atendimento pelas viaturas na zona rural. Para isso, uma placa personalizada, com um modelo padronizado pelo programa, deve ser instalada na frente das propriedades.
“Essa ferramenta vai ajudar a localizar o imóvel com maior agilidade no momento de uma ocorrência, principalmente à noite, pois as placas são refletivas. Além disso, ela indica que a propriedade é georreferenciada pela GCM, o que aumenta a segurança do local”, afirmou.
Todos os imóveis cadastrados receberão um número de identificação. Os donos podem solicitar o cadastro gratuitamente. O único custo é a confecção da placa (que é padrão), de responsabilidade do proprietário do imóvel.
Na identificação, deve-se constar o número da propriedade e os telefones de emergência das unidades policiais e do Samu. A confecção da placa fica em torno de R$ 80 e pode ser feita em gráficas que trabalham com chapas galvanizadas.
Diniz explica que, em Tatuí, tem três lugares que fazem esse tipo de impressão e já estão com o modelo padrão da placa. Contudo, o proprietário pode mandar confeccionar o objeto em qualquer lugar, desde que obedecendo aos padrões estabelecidos.
Para isso, é necessário que a pessoa entre em contato com a GCM e solicite a arte da impressão para manter os mesmos moldes de confecção. As placas devem ser instaladas pelos proprietários que já estão cadastrados no sistema da Guarda.
O engenheiro ressalta que a vantagem de ter a propriedade identificada é que, em caso de emergência, o proprietário não precisará ficar explicando o local da ocorrência.
“Com este sistema, ele só fala o que está acontecendo e o número da propriedade. A equipe acionada digita o código no GPS e o sistema dá a rota para chegar até o local”, declarou.
O projeto foi iniciado em janeiro de 2017, com o propósito de aumentar a segurança dos donos de sítios, chácaras e fazendas localizadas em áreas distantes do centro.
O software também permite que os guardas deslocados para prestar atendimento ou a realização de patrulha de rotina reduzam o tempo de resposta para chegar à casa da vítima.
O mesmo serviço servirá para dar suporte à Polícia Militar, ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e ao Corpo de Bombeiros para que tenham agilidade no deslocamento até as ocorrências na área rural.
“Havia dificuldade no atendimento aos produtores e cidadãos que residem na zona rural, muitas vezes, por não se conhecer os locais. Então, passamos a pensar em uma alternativa” contou.
Os cadastramentos tiveram início no começo do mandato da atual gestão do Executivo. Durante os patrulhamentos na zona rural, agentes da GCM coletavam uma série de informações com proprietários e cidadãos que residem em chácaras, sítios e imóveis situados fora do perímetro urbano.
Até o momento, 769 propriedades rurais foram cadastradas, mas Diniz lembra que cada responsável precisa manifestar o interesse de participar do programa. Os novos cadastramentos seguem disponíveis para a população da região rural.
Segundo ele, o interessado deve procurar a GCM para que os agentes colham as informações necessárias e determinem uma visita na propriedade, para finalizar o georreferenciamento.
Depois dessa etapa, o cadastro vai para um programa de base de dados. Esse software é compatível com o GPS disponível em tablets presentes em viaturas de serviços emergenciais.
Após o término do georreferenciamento, o indivíduo recebe um número correspondente à propriedade no sistema. Em caso de ocorrência, o cidadão que ligar para um serviço emergencial solicitando viatura deverá disponibilizar o nome do imóvel e o número.
Essas informações serão repassadas aos agentes, que irão digitá-las no tablet da viatura e receberão o direcionamento mais rápido para se locomoverem até o local solicitado e atenderem à ocorrência.
Conforme Diniz, o sistema de geoprocessamento foi feito através do recurso gratuito de mapas “Google Earth”, atribuindo a identificação por georreferenciamento e, ainda, utilizando o programa de GPS “TomTom”.
“A adesão dos produtores rurais está sendo um sucesso. Com organização e planejamento, novas ideias e projetos vão surgindo. Tenho certeza que este programa é um grande avanço no combate preventivo aos crimes na zona rural, assim como no atendimento de ocorrências urgentes”, destacou a prefeita Maria José Vieira de Camargo, por meio de nota à imprensa.
Os produtores rurais e demais moradores da zona rural que tiverem interesse em participar do programa devem procurar a Guarda Civil Municipal. Mais informações estão disponíveis pelo telefone (15) 3251-2849.