A maioria dos vereadores rejeitou a moção 491/18, apresentada por Eduardo Dade Sallum (PT), durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de terça-feira, 12. A matéria era endereçada ao Supremo Tribunal Federal (STF), em nome do ministro Celso de Mello, natural de Tatuí.
A moção de aplausos e congratulações recebeu apenas sete assinaturas, número insuficiente para que fosse aprovada pela Casa de Leis.
Em vídeo que circula nas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do candidato à presidência Jair Bolsonaro e parlamentar que recebeu o maior número de votos nesta eleição, no domingo, 7, comenta que, para fechar o STF, bastariam “um cabo e um soldado”.
Na afirmação do deputado, feita antes do primeiro turno, ele acrescenta que, se o STF tentasse impugnar a candidatura do pai, teria “que pagar para ver o que acontece”.
Posteriormente, o próprio candidato, Jair Bolsonaro, “desautorizou” as afirmações de Eduardo e sustentou que partes da gravação haviam sido divulgadas “fora de contexto”.
Em declaração ao jornal Folha de São Paulo, na segunda-feira, 22, o ministro Celso de Mello definiu as declarações de Eduardo Bolsonaro como um “ato irresponsável e golpista”.
Ainda conforme o ministro, a afirmação demonstra a visão autoritária do parlamentar, comprometendo a integridade da ordem democrática e o respeito invariável que se deve ter pelo STF.
De acordo com a assessoria de Sallum, pela primeira vez na história, uma moção endereçada a uma grande personalidade nascida na cidade foi rejeitada.