O emprego apresentou novamente crescimento em Tatuí. O mês de agosto fechou com 12 novas vagas no mercado formal, acréscimo de 0,05% em relação ao mês anterior. Esse desempenho foi resultado de 746 admissões e 734 desligamentos. Com isso, o acumulado do ano também aumentou e chegou a 112 novos vínculos.
A informação está no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pelo Ministério do Trabalho no final de setembro, o qual mostra, também, a movimentação do emprego formal neste ano.
Conforme o mediador de negociações coletivas da Agência Regional do Ministério do Trabalho, Antonio Carlos de Moraes, mesmo com saldo positivo, o número é considerado baixo.
“Eu esperava um saldo mais alto, mas, devido à crise da economia, podemos ver este saldo de 12 vagas como um prêmio de consolo, embora minha expectativa fosse de ter um aumento de pelo menos 50 postos neste mês”, comentou o mediador.
O saldo de janeiro a agosto teve acréscimo de 114 vagas, em índice positivo de 0,46%. Contudo, nos últimos 12 meses, o saldo fecha negativo, com a redução de 267 postos, em variação de menos 1,06%.
Ainda conforme dados do Caged, no mês de agosto, houve crescimento em quatro dos oito setores econômicos, sendo que o principal destaque foi na área de construção civil, responsável por 40 novos postos.
O segundo melhor desempenho do mês foi o do comércio, com saldo de 30 vagas, abertas principalmente no subsetor do comércio varejista. Também tiveram saldo positivo a extrativa mineral e a administração pública, com a abertura de uma vaga para cada setor.
O setor de serviços voltou a registrar redução de postos de trabalho, pelo quarto mês consecutivo, e registrou desempenho negativo com o fechamento de 41 vagas.
Na indústria de transformação, houve fechamento de 14 postos de trabalho. Também registraram saldo negativo os setores de agropecuária (menos três) e serviços de utilidade pública (menos dois).
Conforme Moraes, a área de serviços é a que mais vem sofrendo com a crise econômica, embora a previsão fosse de que o segmento tivesse estabilização a partir do mês de agosto.
“Está tendo uma queda, mas ainda não identificamos porque isso vem ocorrendo. Eu achava que ia chegar um determinado momento e ia estabilizar isso. Na agropecuária e na área de utilidade pública, foi uma redução pequena, mas, quando se está com um índice baixo de empregos, acaba afetando”, avaliou.
Ainda conforme o mediador, a instalação de uma nova empresa, prevista para os próximos meses, pode movimentar o setor da construção civil e manter o saldo positivo de empregos até o final do ano.
A CSIC (China Shipbuilding Industry Corporation) Incorporação e Empreendimentos SPE Ltda, empresa chinesa especializada na fabricação de pré-moldados em concreto, anunciou, no final do mês de setembro, o início da construção de uma sede em Tatuí.
“Ainda não sentimos os reflexos, mas a tendência é aumentar este saldo. Vão ter prestadores de serviço e mesmo na mão de obra da construção civil. A tendência é ter um crescimento no setor, mesmo que não seja em números altos”, afirmou.
O desempenho no mês de julho da microrregião de Tatuí, que inclui as cidades de Boituva, Cerquilho, Cesário Lange, Laranjal Paulista, Pereiras, Porangaba, Quadra e Torre de Pedra, também foi positivo. Entre as oito cidades, 115 novas vagas com carteira assinada foram criadas. O resultado vem de 2.226 pessoas admitidas e 2.111 despedidas.
O município de Cerquilho foi o que mais contratou, com 43 novos registros. Em seguida, vêm Boituva e Porangaba, com 18 novas vagas em cada uma das cidades; Pereiras, com a criação de 12 postos de trabalho; e Laranjal Paulista e Quadra, com sete vagas cada.
Na microrregião, apenas Cesário Lange fechou o mês com saldo negativo (menos duas vagas). Os dados de Torre de Pedra não foram divulgados pelo sistema do Caged.
Moraes ressaltou que a expectativa para os próximos meses é de manutenção do saldo positivo. “Acredito que deve haver um crescimento gradativo. Estou esperando que venha um saldo positivo mês a mês, de 30 a 50 novas vagas”, avaliou.
No estado de São Paulo, o desempenho também foi positivo. O mês de agosto fechou com saldo de 34.244 empregos formais. A diferença representou acréscimo de 0,29% em relação a julho. Foram 408.138 admissões e 373.849 desligamentos durante o período.
O setor que mais contribuiu para este resultado foi o de serviços, com a criação de 20.442 novos postos de trabalho. Em seguida, aparecem os segmentos de comércio, com 10.627 novas vagas, e construção civil, com 2.113.
O emprego formal no Brasil também cresceu no mês de agosto, com a abertura de 110.431 vagas – variação de 0,29% em relação ao mês anterior. A alta durante o período foi resultado de 1.353.422 admissões e 1.242.991 desligamentos. Com isso, o estoque de empregos no país também aumentou e chegou a 38.436.882 vínculos.
O saldo de janeiro a agosto teve acréscimo de 568.551 vagas, crescimento de 1,50%. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 356.852 postos, uma variação de 0,94%.
No país, houve crescimento em sete dos oito setores econômicos, sendo a área de serviços responsável por 66.256 novos postos, mais da metade das vagas abertas em agosto.
O resultado foi registrado devido ao desempenho dos subsetores de ensino; comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviço técnico; serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação; e serviços médicos, odontológicos e veterinários.
O segundo melhor desempenho do mês foi o do comércio, que fechou agosto com saldo de 17.859 vagas. O terceiro melhor saldo de agosto foi na indústria de transformação, que teve criação de 15.764 postos, puxados pela indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico; indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria; e indústria mecânica.
Também tiveram saldos positivos a construção civil (mais 11,8 mil), serviços industriais de utilidade pública (SIUP) (mais 1.240), extrativa mineral (mais 467) e administração pública (mais 394). Apenas a agropecuária registrou desempenho negativo, com o fechamento de 3.349 vagas.
Todas as cinco regiões do país registraram crescimento no emprego formal em agosto. Proporcionalmente, os melhores desempenhos aconteceram no Nordeste, onde foram abertas 36.460 vagas, acréscimo de 0,59% em relação ao estoque de julho, e no Norte, que abriu 9.308 postos, percentual 0,54% superior ao estoque do mês anterior.
No Centro-Oeste, foram gerados 13.117 empregos formais, um crescimento de 0,41%, e no Sudeste, 41.303 vagas, em aumento de 0,21%. No Sul, o saldo do mês somou 10.243 postos, aumento de 0,14% em relação a julho.
Houve abertura de vagas em 22 das 27 unidades federativas. Em apenas cinco ocorreram fechamento de postos. Os três maiores crescimentos relativos foram no Nordeste.
Os piores desempenhos foram registrados nos estados do Acre, que fechou 172 vagas e teve variação de menos 0,22% em relação a julho; Sergipe, com 593 postos a menos e redução de 0,21%; e Rio Grande do Sul, que encerrou menos 4.028 empregos formais, uma variação negativa de 0,16%.
Ainda de acordo com o Caged, o salário médio de admissão em agosto foi de R$ 1.541,53 e o salário médio de desligamento, de R$ 1.700,80. Em termos reais (já considerada a deflação medida pelo INPC), houve ganho de R$ 5,26 (0,34%) no salário de admissão e de R$ 9,90 (0,59%) no salário de desligamento, em comparação ao mês anterior.
O Caged fornece informações sobre trabalhadores regidos pela CLT (Consolidações das Leis do Trabalho) e que possuem carteira assinada. O levantamento não leva em consideração funcionários públicos estatutários e trabalhadores na informalidade.