Em visita a Tatuí, na quinta-feira, 13, a advogada Janaína Paschoal, candidata a deputada estadual pelo PSL (Partido Social Liberal), manifestou apoio ao candidato a deputado federal José Guilherme Negrão Peixoto, o Guiga Peixoto, em caminhada com correligionários e apoiadores por ruas da cidade.
A caminhada seguiu por ruas centrais até chegar ao comitê do partido, à rua Juvenal de Campos. Janaína Conceição Paschoal, 55, é advogada e professora da Universidade de São Paulo (USP). Foi uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, junto com Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo, e participou da tramitação do processo na Câmara dos Deputados e no Senado.
Segundo a advogada, ela acabou entrando na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa após ser cobrada pela população. “Muitos começaram a me parar na rua e pedir que eu saísse candidata, mas isso nem passava pela minha cabeça”.
“Eu imaginava que, se me candidatasse, as pessoas iam dizer que eu fiz tudo aquilo com interesse, mas a cobrança foi o contrário, foi para que eu entrasse de candidata para ajudar as pessoas. Então começou a ter uma pressão. Tanto é que decidi no último dia do prazo. Não foi uma decisão fácil”, afirmou.
A escolha pelo PSL, de acordo com ela, ocorreu por eliminação. “Não queria, de jeito nenhum, um partido que fosse comunista ou socialista, já fiz essa primeira varredura. Depois, comecei a fazer uma verificação daqueles partidos envolvidos com escândalos de corrupção e identifiquei que o PSL não tinha nenhum envolvimento. No fim, por exclusão sobrou o PSL”, contou.
A jurista disse, ainda, que o partido “Novo” também seria uma opção, contudo, acabou escolhendo o PSL por ter mais afinidades com as ideias de Bolsonaro.
“Preferi um partido que tivesse consciência do enraizamento do crime na nossa nação. Tenho uma formação jurídica na área penal e, infelizmente, sei que a gente tem um problema sério de crime no Brasil”, declarou.
Janaina acrescentou que compactua com diversas pautas apresentadas por Bolsonaro, como a questão do armamento, garantir aos agentes de segurança que não sejam punidos quando agem em confronto, “punição para quem comete crime, independentemente de qual seja”, entre outras.
“Meu intuito, até pela formação jurídica, é tentar fazer projetos de lei modelo para que possam ser replicados em todo o Brasil. São pautas que atendem o estado inteiro e não uma região específica”, finalizou.
Ataque ao presidenciável
Guiga e Janaína falaram sobre o ataque ao candidato à Presidência da República. Bolsonaro foi atingido no abdômen com um golpe de faca durante campanha em Juiz de Fora (MG), na tarde do dia 6.
O acusado Adélio Bispo de Oliveira, 40, foi preso e está custodiado em uma delegacia da Polícia Federal. Contudo, os candidatos declararam que o ataque sofrido “não foi um ato isolado”.
Guiga disse acreditar que a facada foi encomendada. “Eles não esperavam que o Bolsonaro subisse tanto assim nas pesquisas”, comentou, fazendo menção aos adversários políticos do postulante.
Para Janaína, outras pessoas estão envolvidas no crime e devem ser investigadas. “Acho que há indícios fortes de que não foi um ato isolado. Espero que a investigação seja muito minuciosa, para que tenhamos todos os elementos para saber se há pessoas por trás disso e quem são elas”, afirmou.
Eles comentaram, ainda, que o ataque a Bolsonaro teve impactos na campanha eleitoral dos candidatos aos outros cargos.
“Para mim, foi muito pesado ver isso acontecer. A sensação que eu tenho é de querem desfazer todo o meu trabalho. É claro que a gente vai seguir com a campanha e ele vai se recuperar, mas fica muito evidente o tamanho das forças que estão sendo enfrentadas”, afirmou Janaína.
Guiga afirmou que está satisfeito com a campanha e que tem sentido boa receptividade da população, contudo, garante que tem sido vítima de notícias falsas, disseminadas em redes sociais.
Na terça-feira, 11, circulou uma postagem feita por um perfil feminino na qual o candidato é citado por suspostamente ter se envolvido em uma briga com um vereador, durante ato da campanha no bairro Congonhal.
Guiga se defendeu dizendo que a notícia é falsa e inventada por “antigos agentes políticos que estão se sentindo incomodados” com a campanha dele. “Eu estava conversando com um amigo, me despedi e falaram que eu briguei. As pessoas têm que tomar muito cuidado com o que leem e compartilham. Isso tem me chateado muito”, comentou.
“Se eu tivesse brigado com alguém de verdade, ia estar circulando vídeos por aí. Estava cheio de gente no bairro, iam filmar, tirar foto, mas não tem nada, porque nunca aconteceu nada. Uma pessoa colocou que viu uma briga, mas eu não sei de onde tiraram isso”, concluiu.