A sexta edição da Feira do Doce movimentou mais de R$ 600 mil neste ano. O resultado, apontado em levantamento feito pelos doceiros, representou aumento de 20% no total das vendas em comparação ao ano passado, quando os expositores contabilizaram arrecadação de cerca de R$ 500 mil.
O evento, considerado o maior do segmento doceiro do interior paulista, aconteceu entre os dias 6 e 9 de julho, na Praça da Matriz, realizado pela Prefeitura em parceria com a Aprodoce (Associação dos Produtores de Doce de Tatuí) e apoiado pela Caixa Econômica Federal, pelo governo federal e pela Secretaria de Turismo do governo do Estado.
O balanço final foi divulgado pela Secretaria Municipal de Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, na sexta-feira, 3. A pasta finalizou os gráficos oficiais na semana passada, após reunião de avaliação e entrega dos relatórios de vendas dos expositores.
O levantamento mostra que, além do crescimento na arrecadação, com o consequente aumento nas unidades de doces vendidos, o evento agregou novos expositores e contabilizou público recorde.
Conforme o relatório, durante a feira – que, pela primeira vez, contou com quatro dias de duração –, os expositores somaram a venda de 190.396 unidades, aumento de 16,7% em relação ao ano passado, quando foram vendidos 163.081 doces.
Estivera à disposição mais de 250 tipos de doces, divididos em alas temáticas: finos, tradicionais e artesanais, de festa e sobremesas, churros, crepes e pastéis; produtos de milho, bolos e tortas, chocolates, bebidas e brigadeiros “gourmet”.
Quanto ao público, o crescimento foi de 12,5%. Em 2017, cerca de 80 mil pessoas passaram pela praça e, neste ano, a feira atraiu em torno de 90 mil visitantes, reunindo não apenas os consumidores habituais, mas, principalmente, novos visitantes.
A gastronomia doceira esteve presente em 54 estandes, somando 51 produtores, uma barraca do Fusstat (Fundo Social de Solidariedade) e duas tendas que ofereceram oficinas de “cupcakes” para as crianças. Os expositores foram selecionados por meio de edital de chamamento público, com a exigência de inscrição como MEI (microempreendedor individual).
Segundo o secretário municipal do Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, Cassiano Sinisgalli, o resultado “superou as expectativas” e, com isso, o planejamento da comissão organizadora é manter a festa em quatro dias no ano que vem.
A duração da festa foi estendida neste ano devido a pedido apresentado pela Aprodoce. Os associados também solicitaram o retorno do evento para o início de julho.
“Na nossa reunião, 94% dos participantes apontaram que querem que o evento continue sendo realizado em quatro dias. Até porque, com a experiência deste ano, eles viram que a venda aumentou”, disse o secretário.
Ainda conforme Sinisgalli, o planejamento para o próximo ano é de que a atração gastronômica continue junto ao feriado estadual da Revolução Constitucionalista, comemorado no dia 9.
“Como no ano que vem o feriado cai em uma terça-feira, a ideia é começar no sábado. É uma ideia que ficou no ar para todo mundo pensar, mas que pode ser colocada em prática, porque a maioria dos expositores sinalizou boas vendas durante o feriado”, comentou.
“Alguns chegaram até a dizer que as vendas de segunda-feira foram equivalentes às de domingo, que é o dia que registra maior arrecadação, desde a primeira edição do evento. Então, acredito que compensa manter a feira nessa data”, acrescentou.
O secretário ressaltou que, além da arrecadação direta, a economia do município foi aquecida, gerando emprego e renda indiretamente com a realização da feira. Segundo ele, a venda de salgados – que não fazia parte do evento, mas que estava nas redondezas da praça – garantiu arrecadação de mais de R$ 40 mil.
“Depois do evento, conversei com alguns donos de restaurantes, bares e lanchonetes, e todos eles me disseram que a venda aumentou durante os quatro dias. Alguns pediram para que tenha uma feira por mês”, garantiu.
Sinisgalli ainda reforçou que os próprios produtores ajudaram a movimentar a economia do município, aumentando o consumo nos supermercados, casas de embalagens e outros estabelecimentos da cidade.
“Acho que é uma feira que movimentou muito a cidade. Teve impacto na cultura, com a programação musical; na economia, gerando emprego e renda; e também foi um atrativo turístico para promover a Terra dos Doces Caseiros. Tivemos um resultado muito positivo”, avaliou o secretário.
Os doceiros que participaram da feira também mostraram satisfação. A afirmação vem da pesquisa de avaliação feita entre os produtores, em reunião pós-evento.
Em avaliação geral, 82,61% dos expositores apontaram que o evento foi “ótimo” e 17,39% disseram que estava “bom”, enquanto as opções “ruim”, “regular” e “péssima” não foram preenchidas. Os produtores ainda sinalizaram nova participação na feira em 2019 e mostraram 100% de satisfação no quesito “união” entre os doceiros.
O relatório apontou, ainda, que a feira serviu como uma boa forma de atrair novos clientes para 97,83% dos produtores, enquanto 2,17% preencheram o contrário.
Os expositores também deixaram sugestões para a próxima edição, que incluem: providenciar um centro de eventos; fiscalizar os produtos comercializados, as promoções dos expositores e os ambulantes na Praça da Matriz; tentar entregar os materiais gráficos com mais antecedência; continuar passando as fotos dos doces no telão do palco; ligar as tomadas um dia antes; e começar as reuniões nos horários agendados.
Para Sinisgalli, os resultados da pesquisa devem influenciar diretamente na preparação da próxima feira. Ele sinaliza que, para o ano que vem, a comissão pretende investir mais na capacitação dos produtores, para melhorar a qualidade dos produtos e do atendimento.
“Não é porque nós tivemos um bom resultado neste ano que vamos parar de buscar melhorias. A intenção é trazer novidades e capacitar cada vez mais os produtores de doces da cidade”, declarou.
Para a preparação da sexta edição, foram realizados sete encontros, em que os participantes receberam dicas de comunicação visual, campanha publicitária, higiene, manipulação de alimentos e orientações de segurança.
A decoração do estande influenciou a venda dos produtos de 86,96% dos expositores, e as reuniões e palestras preparatórias tiveram ótimo resultado para 59% dos produtores, enquanto 39% afirmaram ter sido “bom” e 2%, “regular”.
O resultado da pesquisa entre os doceiros sugere, ainda, que é necessário melhorar as palestras de vigilância sanitária e de decoração (52%),
“No ano que vem, quero ver se a gente já começa a trabalhar isso nos primeiros meses do ano. Assim, conseguiremos fazer uma preparação melhor até a data do evento”, ressaltou.
Os produtores ainda avaliaram a infraestrutura do evento como “ótima” em 68,09% dos casos e 31,91%, como “boa”. A programação musical agradou a 75%, enquanto 22,92% afirmaram que estava “boa” e 2,08%, “regular”.
A avaliação do Departamento de Comunicação (campanha publicitária do evento, incluindo aventais, lonas, banners, folders e flyers) teve 74,47% de indicação “ótima”, enquanto 25,53% das pessoas apontaram como “boa”.
O trabalho da equipe do Departamento de Cultura e Turismo foi avaliado como ótimo por 97,87% dos questionado e como boa por 2,13%. As equipes da Prefeitura (elétrica, limpeza, GCM, trânsito e fiscalização) receberam 82,98% dos votos como ótima, 14,89% boa e 2,13% regular.