O tempo passa…passa mesmo? Ou somos nós que passamos?
Eis aí uma questão não resolvida. Um desafio poético?
Chico andou cantando por aí que “o tempo passou na janela e só Carolina não viu…” e o povo gostou! Canta até hoje.
Não sou eu que vou contestar Chico Buarque de Holanda. Quem sou eu?
Ideias, certezas, dúvidas e pensamentos vão e voltam. São como ondas do mar nos seus fluxos e refluxos, sob o olhar curioso das gaivotas.
Parece que embalam o sonho do pescador solitário instalado no pequeno rochedo distante, qual sentinela da solidão…
E o que pensa esse homem sozinho, enquanto o peixe não visita seu anzol? Pensa no seu “eu” profundo, sua finitude, pensa na eternidade do tempo? O tempo passa ou somos nós, presunçosos, que passamos?
Os livros “santos” nos falam do “fim dos tempos”! E aí?
Vamos continuar filosofando, debruçados na janela da vida antes que ela se feche.
Há sempre uma borboleta esperando nosso olhar no seu encontro com as flores…