Vinte e dois atletas da academia de artes marciais Leões de Judá participaram da 12ª Copa Barueri de Judô no domingo, 6. O evento do circuito de torneios da 7ª Delegacia Regional Sudoeste, da Federação Paulista de Judô, foi realizado pelo programa Barueri Esporte Forte.
A disputa aconteceu no Ginásio de Esportes “Caetano Manoel da Silva” (Belvalzinho), no Jardim Belval, em Barueri (SP), e reuniu mais de 450 atletas de 29 agremiações, divididos entre as classes sub-9, adulto, masculino, feminino e veterano masculino.
Na classificação geral, a equipe tatuiana ficou em oitavo lugar, com 19 medalhas, sendo cinco de ouro, sete de prata e sete de bronze.
A academia de artes marciais Leões de Judá é fruto de um projeto social que teve início nos porões da Igreja do Evangelho Quadrangular, no centro, e vem incentivando a prática de esportes entre as crianças e adolescentes desde 2012.
O projeto, que conta com parceria da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, e da Igreja do Evangelho Quadrangular, oferece aulas gratuitas para crianças a partir dos três anos de idade.
De acordo com o professor de judô e pastor da igreja, Alexandre Mendes da Cunha, além de incentivar a atividade física, a filosofia milenar das artes marciais tem o objetivo de proporcionar o “resgate e a prevenção contra as drogas”.
Para ele, “a prática esportiva, seja qual for, ensina aos jovens o respeito e a disciplina, além de afastá-los das drogas e da violência”.
Com mais de seis anos em atividade, o projeto já formou mais de 300 atletas na modalidade judô e, agora, investe também nas aulas de muay thai. A primeira turma teve início na quinta-feira, 3, com seis alunos, e deve expandir a abrangência para até 150 alunos, conforme Cunha.
As aulas de judô são ministradas às segundas-feiras e quartas-feiras, das 19h às 21h30, para crianças a partir de três anos e as de muay thai, às terças-feiras e quintas-feiras, no mesmo horário, para alunos a partir dos cinco anos.
Os atletas podem frequentar as aulas em dois núcleos. Um na sede da Uniter, à rua 11 de Agosto, e na base da Guarda Civil Municipal do distrito de Americana. Atualmente, o projeto atende mais de 80 alunos.
Ainda segundo o professor, boa parte dos atletas que participam do projeto é convidada durante visitas nas escolas municipais.
“As crianças chegam até nós depois que fazemos campanhas e visitas nas escolas. Eu faço a abordagem e ofereço (as aulas), principalmente para aqueles que estão tendo problemas com conselho de classe ou com a coordenadoria da escola”, explicou.
O projeto também conta com alunos de outros projetos sociais que cuidam especificamente da reabilitação contra as drogas. “Tem alguns projetos que nos encaminham quando têm algum jovem em situação de risco. Eles, geralmente, aconselham o pai e a mãe a colocar no esporte e nos indicam”.
O projeto não tem fins lucrativos e vive de doações. Os materiais usados, assim como os quimonos dos alunos, são doados por empresas que se sensibilizam com a causa. “Vivemos somente de doações, e fornecemos todos os equipamentos”.
As aulas são gratuitas e voltadas a alunos carentes. Além das artes marciais, os atletas aprendem técnicas de defesa pessoal, primeiros-socorros, valores morais e civis.