Projeto que estimula jovens a “apropriarem-se” de espaço público, o “Rolê na Praça” terá novo endereço no primeiro semestre do ano. O DMJ (Departamento Municipal de Juventude) discute a transferência das atividades culturais e esportivas da praça Martinho Guedes (Santa) para a Praça da Matriz.
A medida está sendo analisada pelo órgão com membros de grupos de jovens. O diretor do departamento, Gustavo Grando, informou que a proposta é buscar consenso para que a iniciativa tenha continuidade neste ano.
O DMJ realizou três edições do Rolê na Praça em 2017 – todas no primeiro espaço. Entretanto, o local deverá ser interditado em breve, para as reformas previstas com recursos obtidos por projeto aprovado pelo Dadetur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos).
Por ocasião da revitalização da Praça da Santa, o departamento previu a transferência. Grando acrescenta que a equipe não iniciou o projeto em janeiro, como previsto anteriormente, e em fevereiro, em função do Carnaval.
“Trabalhamos a todo vapor, e estávamos muito ocupados com a programação já em janeiro. Depois do Carnaval, começamos as reuniões para avaliarmos como faremos as edições seguintes do evento”, descreveu o diretor.
Embora haja o prospecto, Grando explicou que a primeira edição de 2018 do projeto poderá ser realizada na Praça da Santa. “Tudo vai depender da reforma”, frisou.
Caso o local esteja fechado para reforma, no período em que a equipe estará preparada para realizar o Rolê, o evento passará para a Matriz. “Ele vai acontecer neste ano, independentemente do espaço”, enfatizou.
De acordo com Grando, pelas conversas já realizadas com a equipe e os jovens que organizam a programação, o mais provável é que o evento seja realizado na principal praça da cidade. As atividades incluirão apresentações musicais (em estilo a definir) e competições esportivas, a cargo de jovens.
Para este ano, o DMJ já tem uma relação das programações a serem oferecidas à juventude. A organização fica a cargos de grupos de jovens de igrejas católicas e evangélicas e de membros de movimentos culturais, como os do hip-hop.
“Nós já temos definidos os temas de cada edição até o meio do ano. O que vamos fazer daqui para frente é sentar com os representantes dos grupos de jovens para decidir com eles em quais datas eles estão dispostos a atuar”, contou o diretor.
A expectativa do departamento era retomar o Rolê na Praça em seguida ao Carnaval. Entretanto, o órgão priorizou a abertura de cursos de qualificação, estendendo o prazo de reinício.
O projeto é realizado sempre aos sábados, a partir das 19h, e em intervalo de 15 dias. “Estamos estudando fazer uma vez por semana, mas, em princípio, as atividades acontecerão de 15 em 15 dias”, disse o diretor.
Grando ressaltou que o evento acontecerá sempre à noite, por conta do movimento. Conforme ele, os jovens costumam procurar a área central da cidade para encontros aos finais de semana, a partir das 19h. Por esse motivo, mesmo com a mudança de local, o Rolê deverá ter presença maciça dos jovens.
“Quando realizamos o evento na Praça da Santa, verificamos que o movimento na Matriz continuava, o que indica que não teremos redução de público”, apontou.
Visando integrar ainda mais os jovens à cidade, Grando disse que o departamento estuda propor parcerias com o pároco responsável pela Igreja Nossa Senhora da Conceição. A intenção é ajustar o horário do evento para que ele coincida com o término das missas e propor auxílio à entidade religiosa.
“De repente, se houver interesse, pode ser montada uma barraca na praça para arrecadação de fundos. Existem mil possibilidades”, vislumbra o diretor.
Em 2017, um total de oito grupos colaborou com o projeto. O Rolê é realizado pelos próprios jovens – que definem os artistas convidados e ficam responsáveis pela programação esportiva – com apoio do departamento. “Eles, na verdade, são os responsáveis pelo evento”, contou o diretor.
A Prefeitura é parceira da iniciativa, cedendo a infraestrutura para as atividades. “Foi uma proposta que apresentamos desde o início, e os jovens aceitaram. Mas, estamos precisando de mais colaboradores”, concluiu.