A Prefeitura programa para os próximos dias abertura de licitação para contratação de empresa que fará a demolição do canteiro central da avenida Vice-Prefeito Pompeo Reali.
A informação foi confirmada pelo secretário municipal do Governo, Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, que atualizou o prazo de derrubada do dispositivo. A data prevista inicialmente era janeiro deste ano.
Os planos do Executivo são de promover a remodelagem no projeto executado anteriormente. A intenção é que o segundo trecho do canteiro central, apelidado de “Churrasqueira”, contemple a mesma estrutura da extensão entregue no dia 10 de agosto do ano passado.
A Prefeitura reestruturou o primeiro segmento por conta da construção da nova ponte do Marapé.
Anunciado em setembro de 2013, o projeto de recuperação da avenida – que resultou na construção do canteiro central do modo em que está atualmente – teve investimento de mais de R$ 800 mil. Ele previa restauração da pavimentação, melhorias nas calçadas, na iluminação e a instalação de lombofaixas.
No entanto, apenas a revitalização da via e a criação de um canteiro central foram iniciadas. A intervenção gerou polêmica em torno da funcionalidade da obra.
Além da aparência, moradores da região questionaram a segurança do dispositivo. Eles argumentaram que a obra não contava com sistema de microdrenagem para escoamento de água de chuva.
Como há uma “vedação”, pelo uso de tijolo na construção, o canteiro aumenta o nível da precipitação do espaço. O resultado é o efeito conhecido como aquaplanagem, no qual os veículos deslizam sobre a água por conta de os pneus perderem a aderência no asfalto.
Em maio do ano passado, a atual administração realizou audiência pública com moradores e comerciantes do entorno da obra. Na ocasião, eles concordaram com a demolição do primeiro trecho, para atender ao projeto de reconstrução da ponte.
Conforme ressalta Gonzaga, a Prefeitura optou por realizar a derrubada do canteiro em etapas, para implantar rede de galeria pluvial. O plano inicial era instalar dois sistemas de tubulação independentes, de modo a não sobrecarregar o ribeirão do Manduca, na altura da nova ponte, e evitar transbordamento.
Com a conclusão da primeira etapa, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura reviu a necessidade da construção de um segundo sistema de tubulação. “O sistema suportou perfeitamente o volume de chuvas que tivemos entre o final do ano passado e o início deste ano”, frisou Gonzaga.
De acordo com ele, a Prefeitura utilizou as chuvas como uma espécie de período de testes para avaliar a capacidade de drenagem da rede de galeria pluvial. A verificação teve início em dezembro, sendo antecipada por O Progresso. Os trabalhos terminaram em janeiro deste ano, quando as chuvas cessaram.
A partir dos resultados, a Secretaria de Obras chegou ao entendimento de que não haveria necessidade de implantar um segundo sistema de rede de captação de água da chuva.
Gonzaga afirma que, como a primeira linha de tubulação suportou o volume de precipitações, a Prefeitura precisará apenas promover a remodelagem da segunda etapa da avenida. A obra será feita “toda de uma vez”.
“A churrasqueira está com seus dias contados”, enfatizou o secretário. De acordo com ele, a previsão é de que o canteiro central seja demolido por completo até meados de março. “Assim que terminar a estação das águas, vamos atender ao desejo da população do entorno. Isso está em andamento”, reforçou.
Além da demolição, a Prefeitura trocará a iluminação e mudará o projeto paisagismo do trecho, que tem, aproximadamente, 700 metros de extensão. “Vamos continuar com o mesmo padrão até o final da avenida”, antecipou.
Uma novidade é que a segunda fase terá dois dispositivos de segurança. O secretário informou que a Prefeitura pretende instalar semáforos. “Em princípio, serão dois. Eles controlarão as duas vias (bairro-centro e centro-bairro)”.
O trecho poderá ter, ainda, investimentos do Detran (Departamento de Trânsito), do Estado de São Paulo. Em dezembro do ano passado, a prefeita Maria José Vieira de Camargo assinou convênio com o órgão para receber recurso de, aproximadamente, R$ 561 mil. O dinheiro será investido em segurança do trânsito.
“Esse convênio representa uma segunda etapa e contempla algumas ações na Pompeo Reali. As demais serão nas ruas 11 de Agosto e Teófilo de Andrade Gama”.
Gonzaga explicou que o município precisa ter projeto de investimento aprovado pelo Detran para receber o recurso. Segundo ele, a Prefeitura já encaminhou a proposta, que está sob avaliação. “O Detran pediu que apresentássemos um estudo das áreas onde mais ocorrem acidentes na cidade”, relatou.
Independentemente da aprovação, o secretário enfatizou que a Prefeitura vai realizar a obra na avenida. A estimativa é de que os trabalhos durem quatro meses.
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