Continua em cartaz, na unidade do Sesi (Serviço Social da Indústria) de Tatuí, a instalação “Tudo é Sempre Construção, e Também Ruínas”. O público pode conhecer o trabalho, assinado pelo artista plástico Andrey Zignnatto, gratuitamente.
As visitas acontecem das 9h às 19h, na avenida São Carlos, 900, na vila Dr. Laurindo. Lá, está montada a instalação que consiste em um muro de tijolos baianos. A parede tem quase todos os tijolos quebrados e para fora da estrutura de cimento.
De acordo com o artista, eles formam uma espécie de ruína, sobre uma construção ainda em desenvolvimento. A obra mostra “as entranhas” de uma parede e consiste em um questionamento a respeito dos excessos de consumismo e a constante reconstrução, seja da identidade ou das necessidades dos brasileiros.
A instalação é baseada na frase “Aqui tudo parece que era ainda construção e já é ruína”, de Claude Lévi-Strauss, dita por ocasião da visita dele ao Brasil. Por meio do trabalho, Zignnatto tenta reproduzir o paradoxo da cultura brasileira.
O artista informa que o propósito é debater a respeito do consumismo enraizado que compele à constante construção e reconstrução dos entornos das pessoas, o que pode ser considerado como reflexo de uma construção social vulnerável.
Zignnatto nasceu em Jundiaí, em 1981. Autodidata, ele tomou como um de seus eixos formais o tijolo, a partir da própria vivência em olaria, onde trabalhou por quatro anos como assistente de pedreiro. Variadas séries surgiram do embate entre a experimentação formal e o conceito que o artista desejara enfatizar.
De 2012 a 2015, Zignnatto acumulou mais de uma dezena de premiações e participações em salões, mostras coletivas e individuais. Entre eles, destaca-se o Prêmio Honra ao Mérito – Arte e Patrimônio, organizado pelo Iphan/MinC e as exposições Territórios Forjados, na Funarte, em São Paulo, em 2015; Temporada de Exposições 2015, do Paço das Artes, na capital; e Umbrella 18º Festival Cultural Inglesa, no British Culture Center, em 2014.