Confirmada pela Prefeitura, a recuperação da estrada de acesso ao bairro Congonhal deverá utilizar técnica diferente da convencional. É o que explicou o vice-prefeito Luiz Paulo Ribeiro da Silva. De acordo com ele, o Executivo deve promover um reperfilamento asfáltico, em vez de apenas o recapeamento.
“Nós vamos, no mínimo, raspar toda a base, refazê-la até a parte superior e, então, prepará-la para receber o asfalto. Não vamos recapear a estrada”, iniciou.
O vice-prefeito descreveu que a técnica do reperfilamento é a mais indicada para a via, em função do fluxo intenso de veículos pesados. A Prefeitura estuda, ainda, a utilização de um terceiro sistema: o de reciclagem. “Ele fica um pouco mais caro, mas nós estamos estudando como realizar a melhoria”, antecipou.
Segundo o vice-prefeito, a intenção inicial da municipalidade é a de reperfilar uma extensão considerável da via. Luiz Paulo citou que esse tipo de técnica vai não só melhorar o tráfego, como terá tempo maior de durabilidade.
A Prefeitura deve levar em consideração o desgaste da via, que é utilizada, principalmente, por caminhões pesados. Até 2015, os veículos que circulavam pelo bairro atendiam a uma usina processadora de cana-de-açúcar.
Conforme o vice-prefeito, mesmo com o encerramento da atividade da empresa, a região continua a produzir cana-de-açúcar. A planta é transportada por treminhões que dividem espaço com veículos contratados por uma cerâmica.
“Agora, tem um barreiro ali, e os caminhões que retiram barro passam constantemente. Então, temos que fazer um asfalto mais reforçado”, alegou Luiz Paulo.
O vice-prefeito antecipou que a Prefeitura tende pelo reperfilamento justamente pela durabilidade. Segundo ele, o recapeamento – ainda que mais em conta – não seria ideal. “Não ia aguentar. Depois de seis meses, ou um ano, dependendo do volume de chuva, o asfalto já estaria estourando”, justificou.
A Prefeitura está trabalhando no projeto de recuperação da estrada do Congonhal há dois meses. O próprio vice-prefeito já iniciou pesquisas para analisar qual método será aplicado na via e em até qual trecho as obras serão realizadas.
“Até o dia 15 de dezembro, que é quando esperamos que caia a segunda parcela da devolução da Câmara Municipal (reportagem nesta edição), nós teremos um tempo para decidir qual será a melhor forma de trabalho”, garantiu.
O Executivo programa a recuperação de 2,8 quilômetros de extensão. O trecho a ser melhorado vai do início da rodovia Senador Laurindo Dias Minhoto (SP-141) até o posto de saúde do Congonhal.
Contudo, a Prefeitura pode estender o trajeto até uma venda, localizada na rua principal e próxima à usina desativada. Luiz Paulo ressaltou que a municipalidade já programava a realização das obras, mas não dispunha de recursos suficientes para iniciá-la.
A antecipação da devolução, por parte da Câmara, permitiu à Prefeitura acelerar o processo. “Mas, o recurso não será suficiente”, disse o vice-prefeito.
De acordo com ele, a Prefeitura terá de aportar mais R$ 250 mil, dos cofres municipais, para conseguir dar conta da recuperação. O projeto somará R$ 750 mil, sem contar melhorias como a drenagem de águas pluviais. Só essa medida exigirá aporte de R$ 130 mil.
Luiz Paulo afirmou que o investimento segue o “padrão Maria José de qualidade”, por prever todas as medidas de segurança, qualidade e acessibilidade.
As obras de recuperação devem começar na segunda quinzena deste mês e não necessitarão de licitação, uma vez que a Prefeitura já realizou pregão para tomada de preços. Os planos iniciais do Executivo são de concluí-las até o fim do ano.
Entretanto, o vice-prefeito ressaltou que o término estará condicionado ao clima. “Estamos entrando em uma época de chuvas e não temos como prever o término, quando falamos em fatores externos. Mas, a ideia é concluirmos em breve”.
“Queremos que os moradores passem o Réveillon com estrada nova”, complementou.