O empresário José Guilherme Negrão Peixoto anunciou, no fim do mês passado, troca de partido e confirmou pretensão de disputar as eleições gerais do ano que vem. Guiga Peixoto, como é conhecido, está filiado ao Patriota.
Ele começou a carreira política no PSC (Partido Social Cristão), disputando o cargo de prefeito, em 2016. No ano que vem, deve candidatar-se a deputado federal.
“Estou filiado ao Patriota, que é o partido que vai lançar o deputado federal Jair Messias Bolsonaro à Presidência da República”, iniciou. “Vale lembrar que a legenda vai disputar as eleições como chapa pura”, complementou.
Depois do PSC, Guiga ainda havia passado pelo PRB (Partido Republicano Brasileiro). O empresário permaneceu nessa legenda por 11 meses, até decidir-se pela troca.
Ingressou no Patriota há duas semanas. “Mudei por conta da afinidade que tenho com o partido”, declarou ele, que sinalizou para uma dobradinha com candidato local.
Apesar de ser considerado novo, o Patriota é uma “transformação” do PEN (Partido Ecológico Nacional). Conforme Guiga, a legenda, que trabalha com ideologia de centro-direita, mudou de nome, atendendo a pedido de Bolsonaro.
Em Tatuí, o Patriota conta com vários membros. Entre eles, o irmão do político, o cirurgião dentista José Erasmo Negrão Peixoto. “Ele é secretário do partido, o qual tem uma diretoria em funcionamento faz dois meses”, acrescentou.
Segundo Guiga, o grupo deliberou por uma candidatura própria no município para a Câmara Federal. O partido entende que a indicação em Tatuí é viável, em função de que um candidato necessitaria de “pouquíssimos votos” para ser eleito. “Imaginamos algo em torno de 25 mil a 30 mil votos”, avalia.
Para o empresário, a margem de votação possibilitaria que um candidato de Tatuí vencesse apenas com os votos locais. Guiga ainda sustentou que o Patriota não precisaria de “puxadores de votos” para levar outros candidatos à eleição, com base no coeficiente partidário.
Caso seja efetivado pelo partido como candidato em 2018, Guiga deverá disputar a segunda eleição. Em 2016, para prefeito, ele recebeu 11.464 votos (19,99% dos válidos).
Para ganhar mais eleitores, Guiga sinalizou que poderá fazer uma “dobradinha” local. Entretanto, não mencionou quem seria o político com o qual faria aliança. De antemão, afirmou que o grupo está trabalhando em 12 “pequenas cidades” da região.
“A meta é dar a elas representatividade e promover uma redistribuição dos recursos parlamentares”, comentou. Guiga antecipou que pretende destinar emendas – as quais chamou de “famosas figurinhas carimbadas” – para atender às necessidades dos municípios.
O encaminhamento se daria “para todas as cidades, independentemente de elas serem ou não governadas por partidos com ideologias iguais”.
“Nós temos que acabar com esse pensamento ranzinza, arcaico, que quebrou Tatuí nos últimos 20 anos. Nosso comprometimento não é com quem governa Tatuí, mas com os 120 mil habitantes que pagam os seus impostos”, ressaltou.
Ele acrescentou que a região e Tatuí “necessitam urgentemente de terem representantes estadual e federal”. “Isso é facilmente alcançável, se houver um comprometimento da cidade com os candidatos”, argumentou.
Dentro dessa perspectiva, o político afirmou que “a participação da sociedade é importante”. Guiga pretende formatar ideias e sugestões para “somar forças”. A meta é ouvir a população e “criar mecanismos para fortalecê-la”.
“O que nós queremos é uma política participativa. Quero deixar claro que eu não sou oposição nem situação em Tatuí, mas quero ser o representante da cidade”, concluiu.