Prestes a realizar transplante de medula óssea, a pequena Júlia Abrame de Oliveira, de seis anos, precisa de nova ajuda. O procedimento que será realizado tendo o pai dela como doador, Antônio Sérgio de Oliveira, com 50% de compatibilidade, ainda não tem data para acontecer, mas exigirá cuidados especiais.
Entre eles, uma adequação na residência da família. A casa da menina precisa passar por reforma para tornar o ambiente ideal a um pós-transplantado. Para viabilizar a adequação, a mãe da menina, Adriana Cristina Delaroli Abrame, iniciou uma “vaquinha virtual”.
Por meio do site www.vakinha.com.br, Adriana está solicitando contribuições. A campanha pode ser acessada em https://goo.gl/5EXZvT. Ela teve início na quinta-feira, 23, e segue até o dia 23 de fevereiro do ano que vem.
É possível contribuir com qualquer valor, bastando informar dados pessoais, como nome completo (que pode ser ocultado), e-mail, data de nascimento, telefone, CPF (cadastro de pessoa física), informar o valor e escolher o meio de pagamento. As doações podem ser via boleto ou cartão de crédito.
Até a manhã de sexta-feira, 24, a campanha havia atingido 0,43% da meta, estipulada em R$ 60 mil. O valor será empregado para as mudanças no ambiente, seguindo recomendações médicas e com o objetivo de garantir a recuperação total da menina. Júlia deve ser submetida a transplante em São Paulo.
A menina precisa de transplante de medula óssea, pois “as células indolentes teimam em voltar”, conta a mãe. Adriana informou, também, que o organismo de Júlia pode não responder bem à quimioterapia. Além disso, esse tipo de tratamento pode agravar ainda mais a situação de saúde da criança.
Júlia teve a doença diagnosticada aos dois anos de idade. Desde então vem sendo submetida a tratamentos. Neste ano, ela precisou ficar dois meses internada. Com o quadro estabilizado, os médicos recomendaram o transplante, mesmo a menina não tendo encontrado um doador 100% compatível.
Para auxiliar a menina, a empresária Rita Corradi Azevedo promoveu um mutirão de cadastro de doadores de medula óssea. A ação, realizada em outubro, registrou 1.639 cadastros. Na ocasião, Rita precisou dispensar perto de 400 pessoas – que aguardavam na fila – por falta de material de coleta.
Ainda em outubro, a família recebeu mensagens de pessoas de todas as partes do país e do exterior. Mesmo a história da menina tendo se espalhado pelas redes sociais e com reportagens vinculadas nacional e internacionalmente, a equipe médica ainda não localizou um doador 100% coadunável.
Como a doença apresenta ciclos, os médicos recomendaram pelo transplante com medula cedida por um dos pais. Júlia deverá realizar o procedimento denominado de haploidêntico, que pode ser feito por um familiar com 50% de compatibilidade ou mais, como uma medida alternativa para a cura.
Após a cirurgia, a menina deverá receber os primeiros cuidados no hospital e, depois, seguir para casa. Pensando em preparar o ambiente, a família iniciou a campanha.
Quem preferir, pode doar por meio de depósito bancário, para a conta poupança 00084352-5, agência 0359, CEF (Caixa Econômica Federal). A operação “13” deve ser feita em nome de Antônio Sérgio de Oliveira.
Professores da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) “Eugênio Santos” também programam uma ação de ajuda à família da menina. Neste sábado, 25, eles promoverão, na Praça da Matriz, a venda de espetinhos de morango com chocolate, ao preço de R$ 4. A ação acontece das 9h às 16h.