O prédio do primeiro matadouro municipal que abrigará o futuro MIS (Museu da Imagem e do Som) será entregue na mesma data que a duplicação da marginal do ribeirão do Manduca e a ponte do Jardim Junqueira. A Prefeitura pretende inaugurar o conjunto de obras em dezembro.
Para isso, iniciou a abertura de acesso específico para a construção histórica, conforme o engenheiro civil Leonardo Cabaixo Spada. A ideia da Prefeitura é que os veículos possam entrar e sair do espaço sem impactar na marginal.
A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura quer melhorar o fluxo de circulação de veículos, prevendo que haverá um aumento com a inauguração da duplicação do trecho. A meta é concluir as obras no dia 7 do mês que vem.
Com relação ao matadouro, o engenheiro explicou que a secretaria prevê apenas conclusão da primeira fase: a parte externa do prédio. Entretanto, a intenção da equipe vai depender do clima. Segundo Spada, a secretaria “está de olho” na meteorologia. Isso porque as chuvas podem comprometer os trabalhos.
Como o imóvel não apresenta danos estruturais, Spada informou que o cronograma de apresentação da fachada deve ser mantido. Conforme ele, o principal problema verificado na construção está sendo sanado e diz respeito ao madeiramento do telhado. As telhas também estão sendo substituídas.
Os pisos serão trocados apenas em uma segunda etapa, quando a Prefeitura já tiver recursos para transformar o prédio em MIS. No momento, as intervenções são feitas de maneira lenta, uma vez que exigem “calma e qualidade”, conforme o engenheiro.
Spada disse que, por não ser uma obra “normal”, o restauro não pode ser acelerado. O processo ainda depende da solução de dificuldades que vão sendo encontradas na medida em que a obra avança, como materiais de reposição.
Há, ainda, cautela por conta de um barracão que será demolido. A obra foi anexada ao imóvel original do matadouro e será removida por não ter nem material similar, nem as mesmas características da propriedade.
“Essa é a parte mais delicada da obra, em termos estruturais e de segurança”, acrescentou o professor e arquiteto Eduardo Salmar Nogueira e Taveira. Segundo ele, o processo de “separação dos imóveis” se dará por um corte estrutural, inicialmente feito à mão e, posteriormente, por meio de equipamentos.
Uma vez concluída a demolição, Taveira disse que a equipe atuará na implantação de projeto elétrico que não existe, assim como o projeto hidráulico. Em paralelo, a Prefeitura trabalha na confecção de um programa de paisagismo. A proposta incluiu construção de uma praça e de um estacionamento.
Esta é a primeira ação de revitalização desenvolvida pela secretaria. Para a tarefa, o titular da pasta explicou que a Prefeitura contratou alguns dos profissionais que atuaram no restauro da fábrica Santa Adélia, ocupada pela Coop.
O projeto é considerado uma ação educativa, pelo professor de arquitetura e urbanismo. Taveira destacou que a decisão da prefeita consiste em “uma atitude cultural”.
“Ela quer que a população venha e conheça um tipo de arquitetura, um desenho específico e histórico. São elementos que educam a população e fazem com que as pessoas gostem cada vez mais do local onde vivem”, ressaltou.
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