A edição de sábado, 21, do Música na Praça, terá a participação da Big Band e do Grupo de Choro do Conservatório de Tatuí em homenagem ao compositor carioca Pixinguinha. A apresentação tem início às 11h, na Praça da Matriz.
No repertório do especial “Viva Pixinguinha” estão previstas apresentações de arranjos originais do homenageado Alfredo da Rocha Vianna Filho, considerado um dos maiores compositores da música brasileira.
Entre as músicas que serão apresentadas ao público, no coreto da Matriz, estão as composições: “Assim é que é”; “Ferramenta”; “Conversa Fiada”; “Cabeça de Porco”; “Fecha Carrança”; “Subindo ao Céu”; “Água do Vintém”; “Capenga Não Forma”; e “Concerto de Bateria”, além do sucesso “Carinhoso”.
De acordo com o coordenador da Big Band, Celso Veagnoli, o arquivo pessoal de Pixinguinha está sob a guarda do Instituto “Moreira Salles” desde 2000. O acervo traz documentos pessoais, medalhas, troféus, recortes de jornal, fotos, roupas, gravações realizadas por seu filho Alfredo da Rocha Vianna Neto e a flauta utilizada pelo músico durante muitos anos.
De todo o acervo, destaca-se um lote de, aproximadamente, mil conjuntos de partituras com arranjos feitos por ele. Segundo a biografia do compositor, em 1946, o radialista Almirante levou Pixinguinha para a Rádio Tupi. Lá, produziram um programa que marcaria a carreira de ambos: “O Pessoal da Velha Guarda”. Almirante era redator e apresentador da atração, enquanto Pixinguinha criava os arranjos.
Nascido no Rio de Janeiro em abril de 1897, Pixinguinha deu “os primeiros passos” na música seguindo o pai, Alfredo da Rocha Viana. O menino acompanhava tudo de perto e logo se encantou pela carreira. Conta-se que o apelido Pizindim (cujo significado seria “menino bom”) foi dado pela avó africana ou por uma prima chamada Eurídice. Acredita-se que Pixinguinha seja derivado da mistura desse apelido com “Bexiguinha”, pois, quando criança, ele teve a face marcada pela varíola, doença chamada popularmente de bexiga.