O efetivo da Polícia Civil que atua na Delegacia Central pode cair pela metade até o fim do ano. Dos 35 funcionários do Estado, concursados para exercer funções na repartição, 19 já estão com direito de ingressar com aposentadoria. A informação é da assessoria de comunicação da Prefeitura.
Segundo o setor, o Executivo está preocupado com o quadro funcional, uma vez que, até o fim do ano, “vários policiais civis lotados em Tatuí devem se aposentar”. Com isso, existe a possibilidade de um “aumento do déficit” de pessoal que o Estado tem para “o funcionamento correto das unidades policiais”.
De acordo com a Prefeitura, a Delegacia Central tem cinco escrivães, nove investigadores, um papiloscopista, cinco agentes policiais, sete carcereiros, um agente de telecomunicação e um oficial administrativo. Atualmente, quatro servidores aguardam pedido de aposentadoria, 12 estão readaptados, quatro aguardam chamamento em outro concurso, dois estão emprestados a outras unidades e dois de licença médica.
Na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), o quadro é ainda mais sério. A unidade possui apenas cinco servidores estaduais lotados, sendo dois escrivães, um investigador, um carcereiro e um oficial administrativo.
Destes funcionários, quatro já têm direito de ingressar com a aposentadoria. Há dois servidores estaduais lotados como readaptados (que foram concursados para uma função, mas exercem outras por indicação médica).
Os dados também constam em ofício apresentado pela prefeita Maria José Vieira de Camargo ao delegado-geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Youssef Abou Chahin, no mês passado.
Maria José se encontrou com Chahin no dia 26, para tratar da “situação crítica de Tatuí na questão do quadro funcional da Polícia Civil”. Ela ainda solicitou aumento do efetivo.
No encontro, a prefeita esteve acompanhada pelos secretários municipais Luiz Gonzaga Vieira de Camargo (Governo) e José Roberto Xavier da Silva (Segurança Pública e Mobilidade Urbana); pelo chefe de gabinete Christian Pereira de Camargo e pelo assessor do deputado federal e secretário da Casa Civil Lucas Chioda.
O delegado-geral adjunto, Júlio Gustavo Vieira Guebert, também participou da reunião.
Maria José enfatizou que “o município está fazendo a parte” que cabe a ele, colaborando para manter os serviços policiais. O Executivo mantém, atualmente, 26 funcionários trabalhando na corporação, sendo 16 lotados na Delegacia Central e dez na DDM.
A prefeita ainda cobrou que decisões administrativas não permitam que a cidade perca mais policiais civis. “Senão, é trocar seis por meia dúzia. O déficit continua. Chega o funcionário novo e o antigo é remanejado, quase sempre para Itapetininga”, destacou.
Para Maria José, o delegado-geral antecipou que novos concursos deverão acontecer e que Tatuí será contemplada com mais servidores. Ele afirmou que, até o fim do ano, a cidade receberá dois novos delegados e, provavelmente, mais escrivães e investigadores para compor o quadro funcional.