Cidade tem saldo positivo em julho com admissões no setor comercial

Comércio é apontado como setor que 'segurou as pontas' na cidade

Julho foi o segundo mês do ano em que Tatuí teve saldo positivo na contratação de trabalhadores com carteira assinada. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.

O governo federal contabilizou mais 109 postos de trabalho no sétimo mês do ano. Foi o segundo melhor resultado de 2017, atrás somente de fevereiro, quando Tatuí gerou 161 postos.

Os outros meses tiveram resultados negativos. A alta nas contratações foi puxada pelo setor comercial, responsável por gerar 108 postos de trabalho no período.

Nos resultados setoriais, o Caged apresentou números mais estáveis no sétimo mês do ano. Metade dos oito setores teve resultados positivos. Entre eles, além do comércio, estão: a agropecuária (+ 19), utilidade pública (+ 2) e serviços (+ 1).

Outros setores apresentaram saldo negativo, como o extrativista mineral (- 9), indústria (- 8), construção civil (- 2) e administração pública (- 2).

As funções que tiveram maior alta no número de contratações em julho são as de repositor de mercadoria (+ 43), operador de caixa (+ 26), alimentador de linha de produção (+ 26) e vendedor de comércio varejista (+ 21). Destas quatro posições, três são ligadas ao comércio supermercadista.

As maiores baixas no sétimo mês do ano foram contabilizadas em funções como desidratador de alimentos (- 18), mecânico de manutenção de automóveis (- 9), ceramista (- 8) e motorista de caminhão para rotas regionais e internacionais (- 6).

O vice-prefeito Luiz Paulo Ribeiro da Silva avaliou que os investimentos privados no setor de comércio e serviços estabilizaram a geração de empregos na cidade no mês de julho. Para ele, o varejo continua sendo importante para a economia local, mesmo diante da baixa nas vendas.

“Um dos players importantes da nossa economia, que não deixou que a taxa de emprego diminuísse muito, foi o comércio. É um setor que continua mantendo empregos”, observou.

“Alguns até construíram novos empreendimentos, como é o caso do Pátio Vivaz. Há, também, o McDonalds, que está chegando à cidade e deve ajudar na geração de vagas”, acrescentou.

Durante a posse da nova diretoria da ACE (Associação Comercial e Empresarial de Tatuí), o vice-prefeito afirmou que a atual gestão trabalha “pelo fortalecimento do comércio”, ante a crise que afeta, principalmente, o setor industrial.

“Se não fosse pelo comércio, com essa crise, Tatuí teria perdas de emprego. Não foi isso que aconteceu. Os novos empreendimentos que entraram ajudaram a manter o nosso número de empregos”, destacou.

Luiz Paulo lembrou que o setor comercial ajuda na geração de impostos, como o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), repassado pelo Estado ao município.

“Não fossem os comerciantes, Tatuí estaria numa crise, talvez, muito maior. Nós só temos o que agradecer pelo apoio, por estarem gerando emprego e renda”, comentou.

Nos sete primeiros meses do ano, todavia, a cidade teve resultados negativos na geração de vagas de trabalho com carteira assinada. Foram 144 postos extintos. Apesar de negativo, o quadro é melhor que o contabilizado no mesmo período do ano passado, quando o município fechou 395 vagas.

Dos oito setores econômicos, cinco tiveram resultados negativos, um se manteve estável e dois tiveram saldo positivo. A indústria de transformação “puxou” o resultado tatuiano para baixo.

Com 269 postos de trabalho fechados, o setor foi o que mais teve perdas em 2017. Em dois anos, foram menos 1.758 vagas fechadas nas indústrias locais, segundo o Caged.

Na análise setorial, o segundo setor com mais perdas foi o da construção civil, com menos 35 postos. A administração pública extinguiu 28 vagas, o comércio perdeu 10 e o setor extrativista mineral, 5. O ramo de serviços industriais de utilidade pública teve saldo zero. A agropecuária gerou 56 vagas e o setor de serviços, 147.

Entre janeiro e julho, as ocupações que contabilizaram maiores saldos foram as de alimentador de linha de produção (+ 86), monitor de ônibus escolar (+ 85), auxiliar de escritório (+ 68), motorista de ônibus urbano (+ 63) e repositor de mercadorias (+ 57).

Por outro lado, ocupações como montador de equipamentos elétricos (- 77), ceramista (- 65), desidratador de alimentos (- 38), vendedor de varejo (- 37) e motorista de ônibus rodoviário (- 31) foram as que tiveram mais baixas.