O Corpo de Bombeiros de Tatuí ganhou um reforço no efetivo de 35 homens, na manhã de sábado, 8. O pequeno Matheus William Tibúrcio de Lima e Silva, de 9 anos, integrou a corporação do quartel do 2º Subgrupamento da cidade por algumas horas.
A incorporação do bombeiro mirim aconteceu durante a participação do grupamento da cidade na campanha “Bombeiro Sangue Bom”, realizada em parceria com a Prefeitura e com colaboração da empresária Rita Corradi Azevedo.
Por alguns instantes, Matheus experimentou a sensação de se tornar um “soldado do fogo”. O menino quer ingressar, quando crescer, na corporação. “Quero dirigir os caminhões que são usados para salvar vidas”, disse ele, em entrevista.
A convite do tenente-coronel Miguel Ângelo de Campos, Matheus passeou em um dos veículos do quartel do município. O menino também posou para uma fotografia, “devidamente paramentado”. Vestiu, cedido pelos bombeiros, um capacete e percorreu o centro acompanhado da mãe, Kelly Cristina de Lima.
Ela é uma das 20 voluntárias da campanha “Doe Sangue”, realizada no Cemem (Centro Municipal de Especialidades Médicas) “Dr. Jamil Sallum”, em parceria com o Hemonúcleo Regional de Jau e a Prefeitura. Kelly relatou que o sonho do filho sempre foi conhecer os bombeiros e juntar-se à corporação.
“A vontade dele, desde pequenininho, é ser bombeiro. Quando ele soube que eles estariam aqui, me pediu para trazê-lo, mesmo não estando tão bem”, contou.
O encontro entre o menino e os bombeiros representou uma “dupla felicidade”, segundo a mãe. Kelly explicou que Matheus também precisou de apoio como o disponibilizado pelos voluntários em Tatuí para a campanha de doação de sangue. O menino teve, aos 2 anos de idade, leucemia.
Quando Matheus completou 7 anos, Kelly ingressou na campanha, levada pelo sentimento de ajudar as famílias que, assim como a dela, necessitaram de transfusão de sangue. “Quando ele teve leucemia, vi que precisou tomar muitas bolsas e percebi a importância que uma ação destas tem para as pessoas”, disse.
Segundo a mãe, o menino precisou ser submetido a tratamento de quimioterapia durante três anos, período no qual recebeu transfusão. “Ele chegou bem debilitado no hospital. O que o fortaleceu foi o sangue que ‘tomou’ em Jaú”, disse.
Mesmo tendo concluído o tratamento, Matheus é reavaliado a cada seis meses. No sábado, ele ganhou um novo motivo para continuar a passar pelos exames, proporcionado pelos bombeiros. “É um pequeno gesto, mas que tem uma importância muito grande e faz a diferença na vida dele”, concluiu a mãe.