A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) perdeu, no primeiro trimestre de 2016, um volume de 1,5 milhão de litros de água com fraudes nos medidores em Tatuí.
Somente nos três primeiros meses do ano, foram contabilizados 53 casos de furtos de água na cidade. O número representa 75% dos 70 casos ocorridos no ano todo de 2016, quando a empresa somou perdas de mais de 3 milhões de litros de água.
Na semana passada, a empresa e a Polícia Civil realizaram operação para combater esse tipo de crime. Na quarta-feira, 31 de maio, foram presas cinco pessoas em casos de furto de água, na vila Jurema, Tanquinho, Jardim das Garças e Jardim Santa Rita de Cássia.
A operação já estava agendada havia uma semana, sendo deflagrada na manhã de quarta. Agentes da Polícia Civil e funcionários da Sabesp realizaram diligências em residências ocupadas que não tinham ligação “oficial” com a rede de água.
Os indiciados seriam liberados após pagamento de fiança de R$ 500, exceto em um dos casos, no qual policiais civis encontraram venda irregular de explosivos e gás de cozinha em um comércio.
O proprietário seria submetido à audiência de custódia na cidade de Itapetininga. Segundo a empresa, as irregularidades foram interrompidas e os autores serão cobrados pelo consumo indevido de água.
Em nota enviada a O Progresso, a Sabesp declara que foram feitos processos administrativos e os proprietários ou representantes dos imóveis foram convocados para prestar esclarecimentos à Polícia Civil.
O furto de água é crime tipificado no artigo 155 do Código Penal, que prevê de um a quatro anos de reclusão, pena que sobe para até oito anos de cadeia caso haja qualificação – como quando há participação de duas ou mais pessoas ou destruição de equipamentos.