A Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí realiza neste sábado, 20, um dos concertos mais importantes de sua história recente. O conjunto regido por Dario Sotelo receberá cinco convidados da Universidade de Minnesota, de Duluth, Estados Unidos.
São eles a soprano Rachel Inselmann, o tenor Marcus McConico e os percussionistas Gene Koshinski e Tim Broscious, além do maestro Mark Whitlock. Este último regerá a Banda Sinfônica junto com o maestro da instituição local.
Eles estão no Brasil participando da Semana Especial de Canto Lírico e Percussão Sinfônica. O evento é mais uma parceria entre a instituição norte-americana e o Conservatório de Tatuí.
“Este será um concerto muito especial, pois representará a principal participação dos cinco convidados na estada deles no Conservatório de Tatuí”, observou Sotelo, que coordena a semana, por meio da assessoria de comunicação..
O concerto acontece no teatro “Procópio Ferreira”, com início às 20h, e ingressos vendidos a R$ 12 (R$ 6 na meia-entrada).
A abertura será com a obra “Angels in the Architecture”, composição de Frank Ticheli. Haverá solo da mezzo-soprano Cristine Bello Guse, coordenadora da área de canto lírico do Conservatório de Tatuí.
“Com esta música, a Banda Sinfônica dará boas-vindas aos convidados e enfatizará mais uma vez a temática escolhida pelo conjunto para este ano: músicas dançantes”, explicou o regente da abertura.
Na sequência, Mark Whitlock assumirá a banda para executar uma obra de Luigi Zaninelli: “Three American Gospel Songs” (Shall We Gather By The River/Old Time Religion/Amazing Grace). A soprano Rachel Inselmann será a solista.
O regente norte-americano permanece no palco para as músicas “La Donna è Mobile”, de Giuseppe Verdi; “Core’ngrato”, de Cardillo; e “Italian Street Song”, de Herbert. Nas duas primeiras, o solista será o tenor Marcus McConico e Rachel fará o solo na obra de Herbert.
A quinta obra da noite será de Alfred Reed: “Third Suite” (Fanfare and Intrade/Pas de deux/Polka excentrique/Danse generale), com regência de Dario Sotelo.
No encerramento, Whitlock volta a ficar à frente da banda para reger o primeiro movimento (Arylide Spark) da obra “soniCroma”. Trata-se de uma composição de Gene Koshinski com Alex Marthaler.
O autor da obra fará solo de percussão com Tim Broscious. Juntos, Gene e Tim formam o Quey Percussion Duo, que eles mantêm nos Estados Unidos.
O maestro Whitlock é bacharel em educação musical pela Universidade Estadual de Iowa; mestre em música (performance em trombone) e em pedagogia pela Universidade de Iowa; e doutor em artes (regência de sopros) pela mesma instituição.
É professor de música e diretor de bandas na Universidade de Minnesota, em Duluth. Suas muitas atividades incluem a regência da Symphonic Wind Ensemble, aulas de regência instrumental e trombone, além da supervisão de professores de instrumentos. Também é diretor-assistente de bandas e professor assistente de trombone na Universidade do Leste do Kentucky, onde está desde 1986.
É convidado frequentemente para reger bandas e ministrar aulas em várias partes dos Estados Unidos. Também atua como regente convidado no Brasil, África do Sul, Argentina, Espanha e Turquia.
É regente da Twin Ports Wind Orchestra, banda de sopros de uma comunidade local dedicada à performance de refinada literatura para sopros, e também regeu a Duluth Superior Symphony Orchestra. É o fundador e diretor do North Shore Summer Music Experience, festival de verão voltado a jovens músicos e realizado na Universidade de Minnesota.
Rachel é professora de voz na Universidade de Minnesota, em Duluth. Apresenta-se frequentemente nos Estados Unidos, assim como internacionalmente à frente de orquestras sinfônicas como a Shanghai Broadcasting Symphony Orchestra, Paris Sinfonietta, Cleveland Orchestra, Lincoln Symphony Orchestra e a Duluth Superior Symphony Orchestra.
Como solista, apresentou-se na Itália, Costa Rica, Turquia, Canadá e Estados Unidos, onde realizou, em 2008, a turnê All American Art Song Recital com a mãe e pianista Elsie Inselmann.
Nos recitais solo, apresentou repertório de obras de Brahms, Beethoven, Mozart, Fauré, Handel, Haydn, Poulenc, Vivaldi, Mahler e Vaughan William. Como cantora de ópera desempenhou papéis como o de Hanna (em “The Merry Widow”), Tatiana (em “A Midsummer Night’s Dream”) e Micaela (em “Carmen”).
Também atuou como diretora de ópera, tendo dirigido “As Bodas de Fígaro” e “Così fan Tutte” (Mozart) e “La Traviata” (Verdi). Como pianista, participou de inúmeros musicais e, em 2010, foi convidada a ministrar workshop em Istambul, na Turquia.
Por quatro anos consecutivos foi vencedora do Metropolitan Opera District Auditions e, em 1996, venceu o Schubert Club Scholarship Competition. É formada pelo Cleveland Institute of Music, onde também concluiu mestrado.
McConico é mestre em música (performance vocal) pela Universidade do Tennessee e bacharel em música (performance vocal) pela Universidade de Minnesota, em Duluth, instituição na qual é professor-adjunto de voz.
Em fevereiro de 2015, lançou o primeiro disco, “Mio Cuore Italiano”. A performance e versatilidade do tenor lhe garantiram excelente crítica em papéis como Il Duca (em “Rigoletto), Roméo (em “Roméo et Juliette”) e Don José (em “La tragédie de Carmen”).
Recentemente, interpretou Gastone em “La Traviata”; Larry e Matt em “The Face on the Barroom Floor”; e El Remendado em “Carmen”.
A carreira internacional inclui apresentações em quatro cidades da Turquia: Esmirna, Ancara, Marmaris e Yalikavak, além de Palermo, na Itália, e Telavive, em Israel.
Em 2012, dirigiu uma produção de “Madama Butterfly” com a Loon Opera Company, em Bemidji, Minnesota. Membro da American Tenors desde 2004, McConico se apresentou com a Baltimore Symphony Orchestra, Pacific Symphony of Orange County, e Desert Symphony, entre vários outros.
Koshinski é percussionista, compositor e professor. Encanta plateias do mundo inteiro com performance e criatividade. Ele é professor de percussão da Universidade de Minnesota, na cidade de Duluth, e muito conhecido por sua extraordinária versatilidade, seja como solista, na música de câmara, em sinfonias, jazz, pop e outros gêneros.
Em 2002, venceu o National MTNA Percussion Competition, em Cincinnati, e, dois anos depois, ficou na terceira colocação do prestigiado Universal Marimba Duo Competition, na Bélgica, ao lado de Tim Broscious, com quem mantêm o Quey Percussion Duo.
Enquanto compositor, em 2012, Koshinski recebeu da ASCAP Foundation um prêmio pela obra “Concerto para Marimba e Coro”.
Koshinski já se apresentou na Argentina, Áustria, Bélgica, China, França, Alemanha, Japão, Jordânia, Eslovênia, Canadá e em praticamente todas as regiões dos Estados Unidos.
Em 2016, participou do Festival Internacional de Percussão de Shenyang, na China. Ao longo da carreira, trabalhou com notáveis organizações e artistas, como NFL Films, Jimmy Dorsey Orchestra, Philadelphia Boys Choir e Minnesota Ballet.
Atualmente, é o primeiro percussionista da Duluth Superior Symphony Orchestra.
Broscious estudou na The Hartt School of Music, é mestre em música (performance de percussão) pela Universidade de Hartford e bacharel em artes pela Universidade de Samford.
Antes das suas atuais funções como instrutor de percussão e diretor de bandas na Universidade de Minnesota, em Duluth, por três anos ele foi professor de percussão ocidental no Conservatório Nacional de Música, em Amã, na Jordânia, e o principal percussionista da Amman Symphony Orchestra e da Amman Sinfonietta.
Em 2002, Tim venceu o concurso Concert/Aria, da Universidade de Samford, em Birmingham, e, em 2005, foi vencedor do Band Concerto Competition, promovido pela The Hartt School.
Em 2004, ao lado de Gene Koshinski, foi semifinalista do prestigiado Universal Marimba Duo Competition, na Bélgica. Atualmente, é o primeiro timpanista da Duluth Superior Symphony Orchestra.
Entre os grupos com os quais se apresentou, estão a New Britain Symphony, Dawson Memorial Baptist Church Orchestra, Arrowhead Chorale, Birmingham Boys Choir e Celebration Winds.
Formado em piano, violino e viola, o maestro Sotelo é mestre em regência orquestral pela City University (Londres). Foi coordenador da área de cordas do Conservatório de Tatuí, reestruturando os programas destes cursos.
Criou e estabeleceu orquestras jovens em Tatuí, Belo Horizonte e São Paulo. Por meio do Conservatório de Tatuí, realizou várias encomendas e estreias mundiais a compositores brasileiros, como “Sonho de Uma Noite de Verão”, de Edson Beltrami.
Após dois anos em Londres (1991-1992), assumiu a regência da Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí e estabeleceu o curso de regência instrumental na escola. De 1998 a 2003, regeu a Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí.
Como palestrante e regente convidado participou de dezenas de atividades internacionais, entre elas o Festival de Música Brasileira em Wattwill (Suíça). Atuou, ainda, como regente e palestrante na Convenção Estadual de Minnesota, na Universidade de Duluth.
Estabeleceu a Conferência Ibero-Americana de Compositores, Arranjadores e Regentes de Banda Sinfônica em Tatuí e foi o coordenador geral e artístico nos anos de 2002 e 2004 do Congreso Ibero-Americano de Compositores, Arregladores y Directores de Banda Sinfônica e Ensembles, em Tenerife (Espanha).
Desde 1995 coordenou a gravação de nove CDs com a Banda Sinfônica e a Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí. É o presidente eleito da WASBE (World Association for Symphonic Bands and Ensembles).
Cristine é mezzo-soprano formada pelo Instituto de Artes da Unesp e mestre em práticas interpretativas, defendeu o trabalho “O cantor-ator, um estudo sobre a atuação cênica do cantor na ópera”, publicado pela editora da Unesp.
Recentemente, reingressou na pós-graduação da instituição para cursar o programa de doutorado em teoria e praxis do processo criativo. Iniciou a atuação como solista no Núcleo Universitário de Ópera, atuando em “West Side Story”, “O Mikado”, “Forrobodó”, “Os Piratas de Penzance” e “A Ópera dos três Vinténs”. Entre outras participações estão a personagem título da ópera “Orfeo e Eurídice” de C. W. Gluck.
No repertório sacro, atuou como solista em “Réquiem” de W. A. Mozart, “Cantata 29” de J. S. Bach, entre outros. Em 2013, estreou como diretora cênica no espetáculo “Bastião & Bastiana”, uma adaptação da ópera de Mozart realizada pelo Núcleo de Ópera do Conservatório de Tatuí.
Faz parte do colegiado de professores de canto lírico e música de câmara do Conservatório de Tatuí e de canto lírico da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.