Convênio assinado na tarde do dia 27 de abril formalizou atendimento prestado pela Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) a 21 crianças com idades entre 4 e 5 anos portadoras de transtorno do espectro autista. Elas passaram a ser beneficiadas por meio de parceria inédita firmada com a Prefeitura.
A instituição oferece o atendimento diferenciado desde fevereiro, mas começou a receber verba mensal para custeio do projeto com a ratificação.
O evento que tratou do arranjo aconteceu às 14h, no paço municipal, com presença da prefeita Maria José Vieira de Camargo, da secretária municipal da Educação, Marisa Aparecida Mendes Fiúsa Kodaira, e de representantes da Apae.
Por ano, a entidade receberá, aproximadamente, R$ 90 mil, via Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). O recurso permite a continuidade do atendimento a 21 alunos portadores de necessidades especiais.
A O Progresso, a prefeita destacou que o convênio atende aos anseios tanto da municipalidade como da entidade. Maria José iniciou conversas para viabilizar o ensino diferenciado a alunos de creches de pré-escolas em novembro do ano passado.
“A convite da diretoria, eu visitei a instituição e, na ocasião, conversei com os representantes para avaliar as necessidades”, iniciou.
Naquela oportunidade, os dirigentes da unidade informaram sobre a necessidade de um serviço voltado a crianças menores, de modo a prepará-las para o ingresso na rede municipal. “A Apae pediu minha colaboração, na época como futura prefeita, e, conforme fomos conversando, formatamos o projeto”, contou.
A prefeita ressaltou que a municipalidade já atende à instituição. Além da nova classe, o município disponibiliza oito professores, cede merenda e transporte escolar. “Tudo isso já tem um custo, mas esse convênio que formalizamos hoje (dia 27) é para atender os autistas”, emendou.
O convênio permitiu a manutenção de duas classes para atender às crianças. O dinheiro será repassado pela Prefeitura à entidade para o custeio do ensino especial.
Maria José explicou que a Apae deverá aplicar 60% do valor no pagamento de funcionários e 40% na compra de materiais, conforme normas do Fundeb.
De acordo com a prefeita, as classes especiais permitirão melhor desenvolvimento das crianças. “Elas têm grande dificuldade e não podem estar na rede comum do município, precisam de um atendimento mais especializado. Então, nada mais justo do que a Prefeitura colaborar para isso”, argumentou.
A secretária da Educação explicou que as crianças já eram atendidas em creches e pré-escolas da rede municipal. Entretanto, na Apae, terão tratamento diferenciado. Marisa citou que a mudança beneficia tanto alunos quanto professores.
Isso porque, nas creches e pré-escolas da rede municipal, há um limite de até 25 alunos por classe. Além disso, os professores que atuam nas unidades de ensino infantil não dispõem de especialização.
“Com as classes mais numerosas, os nossos professores não tinham condições de dar um atendimento mais individualizado. Então, firmamos esse convênio para tanto”, informou.
As crianças atendidas frequentarão a Escola de Educação Especial “Wanderley Bocchi” e, depois, serão integradas à rede municipal. “Era um atendimento que não existia, mas que garante melhores condições de ensino”, disse Marisa.
A secretária informou que todos os estudantes receberão materiais escolares.